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Rock in Rio: Post Malone mostra um rap doce e frio

Última atração de um dia arrastado no palco Mundo passou mais tempo levantando a bermuda do que a plateia

Foto do author Julio Maria
Por Julio Maria
Atualização:

Post Malone tem uma origem que pode explicar sua bipolaridade artística. Antes de se tornar essa mistura de trap com rap e rock com reggae, tudo no fundo bem embaladinho para se tornar um pop leve, inofensivo e doce, ele teve uma banda de heavy metal. Foi por pouco tempo, mas o rock esteve em sua veia, e ele só não passou em um teste para tocar na banda Crown the Empire, em 2010, porque a corda de sua guitarra quebrou na hora do teste.

Malone em dia arrastado Foto: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO

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Malone, atração que fechou o segundo dia do palco Mundo, encontrou um lugar interessante para habitar. Seu trap é sempre uma canção, como Like You, que cantou com Doja Cat. Ao show do Mundo, ele trouxe, além de Like You, faixas como Wow, Wrapped Around Your Finger, White Iverson  e músicas do álbum que acabou de lançar, Twelve Carat Toothache, que quer dizer algo como “dor de dente de 12 quilates”. Insane elevou um pouco o calor que já fazia falta, mas não muito. Seu show não é para levantar públicos enormes, mas para ser cantado, sem muitos picos.

Antes de fazer Stay, Malone foi à plateia e trouxe um rapaz para o palco, um jovem que se identificou como Deo Canti. No caminho, perguntou se o fã sabia tocar algo. Um produtor trouxe um violão e um banquinho, o convidado se sentou e começou a tocar Stay. Tudo muito certinho para ser coincidência. Um instante de conexão. Um fato é que, em quase duas horas, boa parte dela debaixo de chuva, Malone ergueu muito mais a bermuda, que insistia em parar no joelho, do que a plateia. 

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