Documento ao qual a coluna teve acesso, ontem, assinado por três "engenheiros notáveis" de uma Junta de Conflitos, deve ser usado na defesa de Laurence Casagrande, ex-Dersa e ex-secretário de Alckmin, preso ontem pela PF.
São 18 laudas enviadas à Dersa, nas quais a Junta - exigência do BID para financiar o projeto - constata que o cálculo dos custos do Rodoanel, nos trechos da OAS, é questão extremamente complexa.
Lembram os engenheiros Enio Gazolla, Eduardo Rottmann e Lineu Ayres da Silva, entre outras, que o edital de qualificação para a obra é de 2011 mas o estudo detalhado do solo é de 2016.
Ao longo da obra, constatou-se que a quantidade de grandes blocos de rocha pelo caminho (matacões) "foi exponencialmente superior" à esperada. A disparidade entre o total de escavação prevista e o real "chega a cerca de 600% da planilha contratual".
Conclusão do time: os aditivos ao custo original eram inevitáveis. Mencionam que a lei de licitações exige no projeto básico "a identificação dos tipos de serviço a executar, materiais e equipamentos". O que não foi feito.
E, por fim: o edital, enfatiza o relatório, tampouco fala em preços máximos ou preços mínimos da obra.
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