Viola Minha Viola é café colonial

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Por Redação
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A sensação de assistir à gravação do Viola Minha Viola, da TV Cultura, é um misto de ver um filme do Mazzaropi com passar a tarde na casa da avó. Enquanto a música de raiz toma conta do ambiente, a mesa da produção do programa vai sendo coberta com bombom, bolo, salgadinho, bolacha, torta salgada e outras tantas guloseimas. Durante o intervalo das gravações, sempre há uma senhora distribuindo para a platéia, câmeras e produção, comidinhas que preparou. Anita Soler Garcia, freqüentadora do Viola há 28 anos, é conhecida por seus bolinhos de chuva. "Eu sempre trago alguma coisa pra comer e acabo dividindo com o pessoal, mas eles gostam mesmo é do bolinho de chuva e dos pasteizinhos". A produção agradece. "São elas que nos alimentam. Em época de calor tem até sorvete!", brinca o caboman Eduardo Ramos. "Se as tias não vêm por algum motivo, a gente sente falta." A ausência sempre é muito bem justificada. Tanto que a presença integral é motivo de orgulho. "Freqüento o Viola há 28 anos. Desde o primeiro programa até hoje, nunca faltei. Ao todo foram umas mil e trezentas gravações", conta, orgulhoso, Santo Portela, de 80 anos. Ele diz, em sua cadeira cativa, que o programa funciona como uma terapia. E como ser diferente? A animação corre solta na cantoria, na dança e nas comidinhas, claro.

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