PUBLICIDADE

'Um ator tem papel até o fim da vida'

Em entrevista ao Estado, Leonardo Villar fala de seu passado e de seu personagem

Por Patricia Villalba
Atualização:

Nem mesmo o ator paulista Leonardo Villar (foto), de 87 anos, sabia que seu personagem em Passione, Antero, nasceu Giovanni, e não é um quatrocentão paulistano, mas um pobre imigrante italiano.

 

"Fiquei sabendo há apenas três semanas. Essa é a graça de fazer novela", diverte-se ele, pouco depois de gravar meia dúzia de cenas. Nos bastidores de gravação, ele conversou rapidamente com o Estado.

 

 

PUBLICIDADE

O que o Silvio de Abreu disse para convencê-lo a voltar à TV?

 

Não aceito todos os convites, porque o tempo de topar tudo já passou. A televisão é um trabalho puxado, e o que compensa a gente é essa convivência com os colegas que a gente não via faz tempo. Não via a Cleyde desde Os Ossos do Barão (SBT, 1997). Nós ficamos trabalhando, acho que 10 ou 15 anos juntos todos os dias, de terça a domingo no TBC. Depois fizemos teleteatro, muita coisa. Ela é minha companheira desde os primeiros passos. E a Fernanda (Montenegro)... Fui galã dela. É uma alegria reencontrá-la.

 

 

O passado do Antero surpreendeu o senhor?

 

Sim, só fiquei sabendo há três semanas que meu papel ia mudar. O pessoal que fala italiano na novela ficou três meses se preparando e eu, de repente, descubro que sou italiano. Mas vou falar uma coisa ou outra, não vou fazer sotaque. Vai ser um negócio muito engraçado.

 

 

Poderia imaginar que aos 87 anos estaria no vértice de um quadrado amoroso?

Publicidade

 

Não. O ator é sempre surpreendido e desafiado. O Silvio mostra que a terceira idade pode amar, namorar, sentir ciúmes. Achei muito bom.

 

 

Tem ideia do que a Brígida vai fazer no quarto do Diógenes?

 

Não tenho ideia. E se soubesse não ia contar para você!

 

 

Um ator que foi galã na juventude, como você, fica triste quando chega o momento de fazer papel de avô?

 

Não, pelo contrário, é uma glória! Essa é a vantagem do ator: tem papel para ele

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.