Toca na novela, ouviu?

Duas décadas depois de Mordidas de Amor, Yahoo ressurge com hit em Negócio da China

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Por Gustavo Miller
Atualização:

A novela Negócio da China acabou ontem. Apesar da péssima audiência que a trama da Globo apresentou na faixa das 6h e de ter tido sua duração encurtada, algo se salvou. Para o Yahoo, por exemplo, valeu pelo retorno às paradas de sucesso.

 

Sim, é a banda com nome de portal de internet, que fez grande sucesso do final dos anos 1980 até a metade da década passada. Que em toda santa novela da TV Globo vinha com uma versão em português de alguma balada roqueira, daquelas de acender isqueiro no escuro.

Love Bites

, do Def Leppard, virou o hit

Mordidas de Amor

("quando faz amooooor"), tema de

Bebê a Bordo

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(1988).

Angel

, do Aerosmith, ficou

Anjo

, de

O Sexo dos Anjos

(1989).

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Delicious

e

Pra Você Voltar

entraram em

O Salvador da Pátria

(1989);

Caminhos de Sol

apareceu em

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A Viagem

(1994). Fora outras...

"Devemos ter uma dez músicas em novelas. Lançamos 7 discos e cada um sempre emplacava uma música, às vezes duas. Lembrar o nome de todas que fizemos é complicado...", ri Marcelo Faria, o Marcelão, baterista da banda.

O Yahoo voltou no ano passado. Os 20 anos do grupo renderam um CD e DVD ao vivo - de versões, lógico. Uma delas, para variar, foi parar no Projac: De Volta Para o Amor, do filme

Letra & Música,

embalou o romance de Lívia (Grazi Massafera) e do portuga João (Ricardo Pereira) em

Negócio da China.

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"Tivemos muita sorte e isso nos ajudou muito. Mas nunca fizemos uma música encomendada", jura Marcelão. "Virou tradição a Globo olhar nossos discos e pegar uma ou outra canção", completa.

Na última sexta-feira, a banda, de mesma formação há duas décadas, começou a primeira turnê em dez anos. Os shows são ótimo desafio para o público, que terá de forçar a memória para associar as canções aos respectivos folhetins.

"Novela ajuda, mas não é o melhor marketing. São três que passam simultaneamente, cada uma com 30 músicas - e três ou quatro que fazem sucesso!", diz. "Se a canção não for boa e não tiver apelo popular, não ajuda nada. A música vem em primeira opção, depois o marketing. Se Coca-Cola fosse ruim, no segundo dia estaria tudo encalhado, né?"

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