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Por Redação
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Até 1979, na Globo, as novelas estreavam primeiro no Rio de Janeiro e depois nas demais capitais. A novela O Homem proibido (Globo, 1967/1968) recebeu um título diferente quando foi para São Paulo: Demian, o justiceiro. O nome provisório da novela Brega & Chique (Globo, 1987) era Caviar e Goiabada. Uma das primeiras novelas a ter merchandising na abertura foi O Grito (Globo, 1975/76) e era acidental: nas paisagens de São Paulo, a câmera focalizou uma agência do Bamerindus e um outdoor da Levi?s. Já em Sem Lenço sem Documento (Globo, 1977/78), no trecho da música Alegria alegria em que Caetano Veloso canta "Eu tomo uma Coca-cola", o refrigerante era exibido por um vendedor e um carrinho de lanche com a logomarca do produto. Eu Sei Que Vou Te Amar e Baby são as músicas nacionais que mais vezes (seis cada uma) apareceram em trilhas sonoras. O tema de abertura da novela Que Rei Sou Eu? (Globo, 1989), Rap do Rei, foi composto por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Tom Jobim compôs a música Luíza especialmente para a abertura da novela Brilhante (Globo, 1981/82), fazendo referência aos belos cabelos da protagonista, vivida por Vera Fischer. Sem conhecer a canção, o diretor Daniel Filho mandou cortar os cabelos da atriz para dar-lhe um ar simplista. Tom Jobim não gostou e o público também não. O protagonista do romance A Cabana do Pai Tomás, clássico da literatura norte-americana, é um escravo negro. Por imposição da agência de publicidade Colgate-Palmolive, que patrocinava a produção, o ator escolhido para viver o protagonista na adaptação da Globo (1969/1970) foi Sérgio Cardoso, um branco. Ele pintou o corpo, usou peruca e até colocou rolhas no nariz para a caracterização.

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