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'Te Amo, Agora Morra': documentário retoma caso de jovem que incentivou namorado a cometer suicídio

Michelle Carter é acusada de enviar dezenas de mensagens exigindo ação de Conrad Roy, morto em um estacionamento

Foto do author Thaís Ferraz
Por Thaís Ferraz
Atualização:

No dia 13 de julho de 2014, o jovem Conrad Roy foi encontrado morto no estacionamento de um supermercado Kmart em Fairhaven, Massachusetts, vítima de envenenamento com monóxido de carbono. Aos 18 anos, Roy havia cometido suicídio dentro de sua própria caminhonete, após receber mensagens de incentivo de sua namorada, Michelle Carter.

Cena do documentário 'Te Amo, Agora Morra: O Caso de Michelle Carter' Foto: HBO

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O caso ganhou manchetes em todo o mundo e Michelle, à época com 17 anos, foi descrita no tribunal como uma garota solitária e carente, sem amigos, que teria incentivado o namorado ao suicídio apenas para chamar atenção e atrair simpatia. A história é retomada no documentário Te Amo, Agora Morra: O Caso de Michelle Carter, que estreia nesta terça-feira, 3 de setembro, às 22 horas, na HBO.

Roy e Michelle se conheceram em 2012, por intermédio de uma tia do garoto. Embora morassem em cidades diferentes, iniciaram um namoro. Separados por 56 km, se encontraram presencialmente apenas cinco vezes, desenvolvendo a maior parte do relacionamento via celular. 

Roy sofria de depressão severa e manifestava com frequência o desejo de se matar. Em suas últimas semanas de vida, recebeu dezenas de mensagens de incentivo de Michelle, que perguntava insistentemente sobre os seus planos. "Você vai fazer isso hoje?" e "você está pensando demais" são alguns dos textos enviados pela garota e obtidos pela polícia. Foi ela, também, quem sugeriu o método de suicídio.

No dia da morte de Roy, os dois trocaram mensagens. Em um momento, Roy teria saído do carro, já ocupado pelo monóxido de carbono, e ligado para Michelle, dizendo estar com medo. "Eu o mandei voltar para o carro", disse a garota para uma colega de escola. Michelle foi condenada a 15 meses de prisão. 

Dirigido por Erin Lee Carr (Mommy Dead and Dearest), o documentário é dividido em duas partes. Na primeira, que vai ao ar nesta terça-feira, a história é construída principalmente a partir de fatos estabelecidos e argumentos da acusação. Na segunda, que será transmitida no dia 10, a produção traz à tona o surpreendente argumento da defesa de Michelle.

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