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Superprodução mistura espionagem e pirataria

Com o ator John Malkovich na pele de Barba Negra e orçamento de US$ 40 milhões, ‘Crossbones’ estreia no Brasil

Por João Fernando
Atualização:
Os atores John Malkovich e Richard Coyle na primeira temporada da série "Crossbones" Foto: SPACE/DIVULGAÇÃO

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Séculos antes de James Bond ser recrutado para defender os interesses da coroa britânica, a alta esfera do poder escalou um espião para a função. Sem as traquitanas e o jeito conquistador de 007, o espião Tom Lowe tem a tarefa de se infiltrar em território inimigo para proteger tesouros roubados por piratas em Crossbones, série de dez episódios com ares de superprodução, que estreia quarta, às 21 horas, no canal Space.

Na trama, o protagonista, interpretado por Richard Coyle (Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo), recebe a missão de capturar o lendário pirata Barba Negra, encarnado por John Malkovich, que rouba a cena e o ouro recolhido pelos ingleses por onde passa. Apesar de estar combatendo o mal, Tom Lowe precisa deixar o ar de herói de lado e ser frio. Entretanto, o agente secreto, que faz as vezes de médico, entra em crise de consciência com os próprios princípios.

“Meu personagem é treinado para ser criminoso e um assassino por ofício. O que acho interessante nesse trabalho de mentir é a natureza dele de dizer a verdade. Há um conflito nele. Ele tem compaixão, mas tem de matar. Tem consciência e coração, mas tem de matar. É fascinante, como ele mata para viver”, analisa Richard Coyle.

Mesmo na pele do mocinho, o ator acredita que os malvados se destacam. “Acho os bonzinhos chatos. Não representam a verdade. Não acredito que as pessoas sejam puramente boas. Você não faz tudo na vida sem esperar uma recompensa. Sempre teremos atitudes das quais não vamos nos orgulhar. Não é todo mundo só bom ou só mau”, disse ao Estado, em teleconferência com jornalistas latinos.

Inspirada no livro documental Republic of Pirates, que fala sobre o auge da pirataria, a série é ambientada no século 18 e foi rodada, em parte, na réplica de um navio negreiro. Segundo a imprensa norte-americana, o orçamento gira em torno de US$ 40 milhões. As cenas externas foram gravadas no Caribe, região onde os piratas atacavam embarcações com carregamento de ouro na trama e na vida real. “Houve muita coisa na água. Tivemos algumas dificuldades. Mas eu pegava um barco e estava no Caribe. Era como estar no paraíso”, relembra Coyle.

Por conta das sequências de batalha, há um excesso de pescoços cortados. “Era uma época violenta. Havia muito sangue, era um tempo difícil de se viver, ainda mais para quem era da marinha. Não sei se dá para ter histórias de piratas sem violência. Os seres humanos têm um lado animal e acho que a série mostra isso”, defende o ator.

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Para ele, Crossbones, que estreou nos EUA em maio, pode atrair não só quem quer ver cenas de luta. “Há romances. Piratas são sexy, perigosos, misteriosos e fascinantes”, afirma ele, que se derrete pelo colega John Malkovich. “Há dez anos, fizemos o filme O Libertino. Eu o conheci um pouco. Agora, temos personagens que se opõem. A maior parte das minhas cenas é com ele. É maravilhoso. Ele é um homem muito interessante e inspirador.”

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