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STF rejeita reclamação de Xuxa sobre imagens

Apresentadora queria proibir Google de exibir buscas de termos eróticos e imagens do filme ‘Amor, Estranho Amor'

Por Caio Juqueira Franco e BRASÍLIA
Atualização:

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira, 15, manter válida uma decisão do ministro Celso de Mello que negou seguimento a uma reclamação da apresentadora Xuxa Meneghel, que pretendia proibir a empresa Google de exibir resultado de buscas de imagens e informações sobre a artista. Em 2010, Xuxa pediu que o site de buscas não apresentasse qualquer resultado para pesquisas que utilizassem as palavras “Xuxa pedófila” ou trouxessem imagens do filme Amor, Estranho Amor, protagonizado pela apresentadora. Inicialmente, a Justiça de primeira instância no Rio de Janeiro atendeu o pedido da apresentadora, mas a decisão foi reformada pelo Tribunal de Justiça do Estado. Os desembargadores do TJ-RJ decidiram restringir apenas algumas imagens apresentadas pela defesa da artista. O caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que cassou a decisão, entendendo que os sites de busca não podem “ser obrigados a eliminar do seu sistema resultados derivados da busca de determinado termo ou expressão, tampouco os resultados que apontem para uma foto ou texto específico”. 

Gravação do Planeta Xuxa em 1997 Foto: VIDAL DA TRINDADE/ESTADÃO

Após a decisão, os advogados de Xuxa recorreram ao Supremo. O ministro Celso de Mello negou seguimento do recurso. De acordo com o ministro do Supremo, não foi verificada, na decisão do STJ, “a existência de qualquer juízo, ostensivo ou disfarçado, de inconstitucionalidade das normas legais”. Ele considerou a reclamação da artista “inacolhível”. Os ministros da Segunda Turma do STF confirmaram a decisão do ministro, sem debates na sessão de julgamento.

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