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Série relembra musas da televisão e do cinema

'Elas', do TCM, resgata carreira de atrizes em entrevistas; veja galeria de foto delas ontem e hoje

Por João Fernando
Atualização:

"Temos de adorar nossos ícones. Cinema não é só Brigitte Bardot e Claudia Cardinale", defende Luciana, que, nos 40 episódios da atração semanal, conversa com atrizes e parentes das artistas. "Dividimos em grupos: as dos cinema dos anos 1940 a 1960; as da pornochanchada; as mulheres dos bastidores, como diretoras e produtoras e as da retomada."

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Luciana explica que a maioria das atrizes em foco continuam na profissão. "As pessoas acham que quem está em evidência é só quem está nas novelas. Só temos três emissoras que as fazem. Todas elas fazem coisas ligadas à arte. Algumas não quiseram continuar atuando."

Em relação às atrizes que fizeram sucesso no período da pornochanchada, Luciana Vendramini, idealizadora do projeto, garante que o programa vai tratar da carreira delas além de filmes do gênero. "Não queremos estigmatizá-las. Acho que as musas da pornochanchada foram muito estigmatizadas", analisa. Segundo ela, suas colegas de profissão sofreram preconceito dos profissionais do cinema. "Acho que não role o estigma delas com o público, mas nos bastidores, sim. Por isso, algumas não conseguiram continuar. Sempre havia alguém que dizia: 'Ai, ela fez pornochanchada. Então, não chame (para um filme). Somos muito moralistas."

Entre os depoimentos está a última entrevista de Norma Bengell, morta no dia 9 de outubro. "Ela estava lúcida. A cabeça dela era um dínamo", elogia. Na lista das estrelas mostradas no Elas, Luciana lamenta não conseguido falar com Tônia Carrero e Odete Lara, se quem é fã. "Elas estão reclusas, temos de respeitar. Falei com netos, filhos e primos. Fiquei triste por não estar ao lado delas."

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