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Protagonistas de ‘Malhação: Viva a Diferença’ voltam na série ‘As Five’

Ana Hikari, Daphne Bozaski, Gabriela Medvedovski, Heslaine Vieira e Manoela Aliperti falam da importância do trabalho para a trajetória profissional e pessoal de cada uma

Por Eliana Silva de Souza
Atualização:

Quando Malhação: Viva a Diferença, que está sendo reprisada, terminou, suas protagonistas não imaginavam que iriam se reunir novamente em uma produção derivada da novela. Mas, para alegria de Ana Hikari, Daphne Bozaski, Gabriela Medvedovski, Heslaine Vieira e Manoela Aliperti, elas foram convocadas para dar continuidade a essa história, premiada com o Emmy Kids Internacional 2019, agora na série As Five, que estreia no dia 12, no Globoplay, e será exibida na segunda, 16, após a Tela Quente, na Globo.

Conexão. Daphne, Ana e Manoela (no sofá) e Heslaine e Gabriela: amizade na ficção e na vida real. Foto: Victor Pollak/TV Globo

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Em uma primeira entrevista, virtual, sobre o novo seriado, as atrizes demonstram como estão conectadas ainda, dividindo pensamentos e sentimentos, apesar de cada uma ter seguido um rumo diferente. Entre memórias do que passaram, falam da importância do trabalho para a trajetória profissional e pessoal de cada uma. De forma unânime, destacam o autor, Cao Hamburger, que tratam como gênio. E refletem sobre a importância de suas personagens, todas mulheres, mostrando para o público como cada uma lida com as diferenças em nossa sociedade. Enquanto em Malhação as cinco se conheceram quando Keyla deu à luz Tonico no Metrô, em As Five, o reencontro também terá um fato importante, mas triste, a morte da mãe de Tina. A seguir, trechos do bate-papo das meninas com o Estadão.

Como foi fazer ‘Malhação’?  Manoela Aliperti (Lica). Tivemos o prazer de poder contar histórias que eram importantes para o público e para o Brasil naquele momento, muito por isso repercutiu tão bem. A gente tinha muita vontade de contar as histórias dessas personagens, com as quais nos identificávamos muito. Foi isso que aconteceu com a gente, aprendemos demais.

Daphne Bozaski (Benê). Tivemos uma experiência muito forte, porque a gente gravava todos os dias, então, acho que isso para nossa carreira é uma experiência que a gente vai levar para sempre, foi muito importante.

Ana Hikari (Tina). A novela tem um poder muito forte de projeção, e esse trabalho repercutiu muito nas pessoas, porque tratou de assuntos atemporais e necessários. E a proposta foi falar das diferenças e como essas diferenças são importantes para a gente crescer. O público gostou das personagens, que são humanas, complexas, com suas contradições. Representou um marco importante para nossas vidas em termos de trabalho, deu uma visibilidade importante. Na vida pessoal também, foi um aprendizado e tanto.

Gabriela Medvedovski (Keyla). Não é à toa que nossa Malhação está sendo reprisada, porque faz sentido seguir falando desses assuntos. Dá um orgulho gigantesco ver que nosso projeto foi escolhido para estar agora no ar, e segue fazendo sentido tudo o que o Cao (Hamburger) propôs e que a gente falou na época.

Heslaine Vieira (Ellen). É uma coisa nova, a proporção que tomou por ter cinco mulheres juntas na TV aberta. A gente está se vendo ali, falando de feminismo, entre outras coisas. É muito potente, tão potente a ponto de ganhar uma continuação, creio que isso mudou um pouco o cenário mesmo. Acho que a tendência de expandir e ajudar a mudar esse cenário cada vez mais é muito importante. E Malhação teve um papel muito importante nessa caminhada, com jovens discutindo assuntos de jovens da geração Z. Nós cinco, cada uma representando pessoas diferentes, nesse horário e com essa perspectiva, contribuiu para mudar o olhar sobre o protagonismo das produções na TV aberta.

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Algo mudou em você após viver essas histórias?

Gabriela. Fez muita diferença, porque nos colocou em um lugar de abrir cada vez mais nosso olhar, nosso pensamento, nos conectar com coisas e universos que são diferentes dos nossos. Eu particularmente me conectei com um universo que eu nunca tinha entrado em contato, que foi a experiência da maternidade na adolescência, e as meninas também, cada uma teve uma experiência. Com certeza foi muito engrandecedor nesse sentido.

Daphne. Demos muita sorte por ser um texto do Cao, que colocava, em cada cena, muito sobre quem era aquela personagem. A gente aprendeu muito, vivemos um ano com elas (as personagens). Estamos vivendo uma vida paralela com essas personagens e aprendendo a respeitar o outro, e eu acho que é um assunto muito atual. Essa foi a maior lição para mim dessa Malhação.

Ana. Eu brinco que eu vivi duas vidas em um ano, porque foi mais ou menos essa experiência que a gente teve. Porque eram muitas horas gravando, e a gente saía de lá e, muitas vezes, íamos estudar o texto, pesquisar. Cada cena que o Cao propunha tinha um assunto diferente, e eu ia pesquisar na internet sobre as questões para entender o porquê de o Cao estar colocando aquele assunto no texto. É uma coisa que fez com que a gente crescesse, aprendesse e se desenvolvesse muito porque, nada do que era colocado estava ali de graça, à toa, tudo o que o Cao colocava ali tinha um motivo.

Heslaine. A gente foi aprendendo e o público foi junto com a gente. E isso vai continuar em As Five, nós atrizes e as personagens e o público estamos todos juntos nessa descoberta. É o que levei para a minha vida.

Manoela. Acho que deixou a gente muito calejada para outras possibilidades de trabalho, porque o que a gente passou não está escrito, é indizível, foi mais uma oportunidade de aprendizado, foi uma grande transformação que o trabalho trouxe.

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