Polêmica de mais, resultado de menos

Merchandising social a granel complica enredo de Chamas da Vida, trama da Record

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Por Thaís Pinheiro
Atualização:

Nem todo o contingente do Corpo de Bombeiros de Tinguá seria capaz de apagar tantas polêmicas que pipocam em Chamas da Vida. Porém, apesar de ser exibida às 22h, a trama da Record, indicada para maiores de 12 anos, pisa no freio quando entra em terrenos que mereceriam mais atenção. Nesta semana, a novela completa 4 meses no ar e, até agora, foram abordados sete "assuntos fortes", denominação da própria autora, Cristianne Fridman, para os casos de pedofilia, drogas, prostituição, travestis, HIV, estupro e pílula do dia seguinte. Tudo junto e ao mesmo tempo, assim mesmo. É uma avalanche de inserções de merchandising social que, em excesso, pode perder o seu efeito, já que é difícil dar profundidade e história a todos eles. Para a autora, não havia a intenção de falar de todos esses temas, mas cada personagem evoluiu para que determinadas situações acontecessem. "Procuro usar o bom senso nas cenas, porque os adolescentes já não dormem às 20h", afirma Cristianne. O folhetim tem, pelo menos, mais 100 capítulos pela frente. No ritmo em que vai, com polêmica atrás de polêmica, o telespectador vai ter de se esforçar para acompanhar as tramas e captar o que ficou nas entrelinhas.

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