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‘Para fazer talk-show, não pode ser moleque’, afirma Marcos Mion

Apresentador almeja migrar para o formato e vê Jô Soares como modelo

Por Gabriel Perline
Atualização:

De todas as alterações cogitadas para a grade da Record TV em 2017, Legendários foi um dos poucos programas que sequer entraram na lista de possíveis mudanças. Há sete anos no ar, viu o SBT criar 17 opções para derrubá-lo do segundo lugar do Ibope, todas sem sucesso. Por essa razão, não há pressa em lançar novos quadros. Marcos Mion está tranquilo quanto ao futuro da atração. Mas já começa a planejar outros passos para sua carreira.

Marcos Mion, apresentador do programa 'Legendários', da Record Foto: TV Record/ Div

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“Eu sempre falava que, quando eu tivesse 40 anos de idade, que eu achava que nunca ia chegar, eu faria um talk-show. Sempre foi algo que pensei em fazer pelas influências da minha vida. Mas aí este último ano virou uma febre de talk-show em todos os lugares e eu parei de falar isso”, disse o apresentador ao Estado, hoje com 37 anos de idade, nos bastidores da gravação do especial de Natal de seu programa. 

“Agora, pensando num futuro, quando eu tiver uns 50 anos, seria uma coisa que eu gostaria de fazer. Porque fazer um talk-show bom é tão mais complexo do que as pessoas imaginam, exige do apresentador não só o humor, a rapidez e a sagacidade, você tem que ter uma profundidade e um conhecimento geral muito grande para fazer algo diferenciado. Eu tenho muito respeito pelo formato. Para fazer um talk-show, você tem que ter vivência, não pode ser moleque e não ter experiência de vida. Por isso que eu acho o Jô Soares o melhor, definitivamente. Não vai ter nenhum cara que irá superá-lo, porque ele sabe falar de tudo, já passou por tudo, é um artista completo e tem uma vivência absurda. Esse é o tipo de apresentador de talk-show que eu respeito.”

Fato é que, na Record, por enquanto, não há espaço para outro talk-show. O principal lançamento da emissora neste ano foi o Programa do Porchat, de Fábio Porchat, avaliado positivamente pela direção artística – que busca entender o motivo de a atração ter fechado a primeira temporada em terceiro lugar no Ibope. Essa razão, somada à sua satisfação com o Legendários, fez Mion incluir dez anos em sua perspectiva de se inserir no formato. “Hoje eu não me vejo fora do sábado, me vejo no sábado para sempre. Batalhei demais para estar aqui, abdiquei de muita coisa e também sofri muita coisa. E obviamente tive muitas alegrias, mas consegui me estabelecer como o cara de sábado à noite, que era o meu objetivo quando vim para a Record. Não penso em outra coisa para o futuro. Minha vontade maior é me manter no sábado”, garantiu.

Para Mion, o programa não requer novidades imediatas. O Canjica Show, um tipo de show de calouros com pessoas que se destacaram em vídeos publicados na internet, foi o acerto de 2016 e permanecerá no Legendários. “A gente sempre pensa em muitas coisas, mas o ‘Canjica’ ainda tem muita lenha para queimar. Devemos voltar com a base do programa e certamente teremos alguma coisa nova.”

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