Oprah quer 'TV consciente' com seu próprio canal a cabo

Programas devem seguir estilo de auto-ajuda que ficou conhecido nos Estados Unidos como 'Oprahfication'

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Por Redação
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Ela já é a mulher mais influente da televisão dos Estados Unidos, publica uma revista, apareceu em filmes, abriu uma escola na África do Sul e é uma das celebridades mais generosas do showbusiness norte-americano. Então por que Oprah Winfrey está fazendo talvez a maior aposta de sua vida e lançando um canal a cabo neste final de semana? Porque ela acredita que as pessoas estão famintas por programas que distraiam, inspirem e ofereçam o que ela chama de "televisão consciente". "O que eu quero fazer é construir um canal que dê uma trégua à sua mente, um oásis de estímulo do qual você pode sair com alguns pedaços de luz". "Eu estou buscando um momento no qual alguém pode dizer 'eu nunca pensei dessa forma antes'. Eu adoro isso", disse Winfrey, 56, à revista Parade numa entrevista esta semana. O canal OWN (Oprah Winfrey Network), que vem sendo produzido há três anos, começa atividades em 1o. de janeiro com seriados dirigidos fortemente ao público feminino, estilo de vida e programas na linha auto-ajuda. A OWN é um empreendimento da Winfrey's Harpo Inc e da Discovery Communications, e estará disponível em 80 milhões de residências norte-americanas. Oprah, que terminará seu popular programa em maio, disse em sua revista "O" que nunca sentiu tanto medo em sua vida. Ela vai aparecer somente em 70 horas de programação em 2011, mas os programas claramente favorecem o estilo alto astral, de auto-ajuda e de luta diante das adversidades que ficou conhecido nos Estados Unidos como "Oprahfication". Haverá programas com especialistas em relacionamento, sexo e finanças pessoais, além de um programa chamado "Oprah Presents Master Class", no qual oito pessoas famosas, incluindo o rapper Jay-Z, a poeta Maya Angelou, o ator Sidney Poitier, entre outros, falam de suas vidas, suas vitórias e derrotas. Outro show, "Finding Sarah", foca-se na inglesa Sarah Fergunson, a Duquesa de York e membro da família real britânica, que caiu em desgraça ao aparecer numa gravação de vídeo disposta a aceitar dinheiro para apresentar um repórter ao seu ex-marido, o príncipe Andrew. O documentário, com seis capítulos e que deve ser veiculado no final de 2011, foi inspirado por uma entrevista confessional entre as duas mulheres que aconteceu neste ano.

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