
23 de julho de 2007 | 22h40
Há exatamente dez anos, a diretora Mimi Leder, protegida de Steven Spielberg, esteve a ponto de ser queimada por causa de seu filme O Pacificador, sobre o ataque de terroristas em Nova York. Apenas quatro anos depois, ocorreu o ataque às torres gêmeas do World Trade Center e o mundo nunca mais foi o mesmo. Vale agora voltar O Pacificador. Você vai ver que o filme é muito mais complexo do que parecia.Tudo começa quando um grupo terrorista ataca um trem que carrega ogivas nucleares na Rússia pós-comunista. As armas são rastreadas e cada vez mais aproximam-se de Nova York. Nicole Kidman faz uma especialista em crises da Casa Branca que se une ao coronel George Clooney para impedir o ataque. Nicole ainda não era a atriz cult em que se transformou. Clooney também não assumira, até porque o quadro político e institucional americano era outro, a firme postura crítica que tem marcado sua conduta em relação ao presidente George W. Bush. Sob a aparência de um filme de ação paranóico, O Pacificador dá múltiplas vozes, a diferentes personagens, para entender a violência do mundo.
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