‘Ninguém imaginou que fosse dar tão certo’

Kevin McHale, que veio ao Brasil, fala do sucesso de Glee e conta como é dançar sem mexer as pernas

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Por Redação
Atualização:

Teste. Kevin cantou 'Let It Be', dos Beatles, no teste para entrar na série. "Fui péssimo. Não me lembrava a letra", diz o ator

 

 

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Kevin McHale, que interpreta o cadeirante nerd Artie Abrams na série Glee, esteve no Brasil para divulgar a segunda parte da 1.ª temporada do musical, que a Fox exibe a partir de quarta-feira, às 22h. Glee mal terminou a 1.ª temporada e já foi renovada por mais dois anos. E, na 2.ª temporada, até Javier Bardem pode fazer participação ao lado de Kevin. "Não tenho certeza ainda, mas espero que seja verdade", conta Kevin em entrevista ao Estado.

 

O ator diz não saber muito sobre o 2.º ano, mas adianta que vamos descobrir mais sobre as famílias dos personagens. Sobre romance, ele torce por Artie e Tina (Jenna Ushkowitz). "Jenna e eu somos melhores amigos na vida real e é divertido gravar juntos." Por falar em diversão, Kevin conta que o elenco costuma ir a karaokês. "Mas quando Amber (Riley, a Mercedes) vai, não conseguimos tirá-la do palco. É irritante (risos)!"

 

No início, você imaginava que Glee fosse virar sucesso tão rapidamente?

Quando li, pensei: "Nunca vi nada igual!" Achei hilário, de verdade. Acho que ninguém sabia se o musical iria emplacar, mas, em Ryan Murphy (criador e diretor da série), a gente confia! No fundo, creio que ninguém imaginou que fosse dar tão certo!

 

Deve ser cansativo gravar as canções, aprender as coreografias e gravar o episódio... Quanto tempo leva o processo?

Só para gravar o episódio são oito dias, mas antes, enquanto filmamos, temos de ensaiar as músicas e as danças dos próximos episódios. Então, enquanto a gente gravava o piloto, por exemplo, a gente ensaiava também os números musicais dos episódios dois e três.

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Glee mudou muito sua vida e sua carreira?

Bem, agora tenho um emprego (risos)! Mudou completamente, afinal, dançar e cantar são as coisas que mais gosto de fazer e nunca pensei que pudesse desempenhar essas funções em um trabalho. Estou aqui hoje, porque as pessoas assistem à série. Vim ao Brasil dois anos atrás, desempregado e ninguém sabia quem eu era.

 

O que você veio fazer no Brasil há dois anos?

Um dos meus melhores amigos é brasileiro, vive em Los Angeles e vem para cá todos os anos.

 

Qual foi seu número musical preferido até agora em Glee?

Em um episódio que ainda vai passar aqui tivemos de cantar Kiss. Foi um dos momentos mais dolorosos e divertidos da série, pois ficamos uma hora para fazer maquiagem e coloquei uma bota com salto que me fez ficar da altura de Cory (Monteith, o Finn). E olha que sou bem baixinho! Caí e torci meu tornozelo. Foi desconfortável, mas divertido, pois as meninas fizeram Lady Gaga e os meninos, Kiss. É incrível ver que uma escola em Ohio tem verba para uma superprodução dessas (risos)! Em Glee, tudo é possível!

 

Você foi um garoto popular na escola?

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Ficava no meio termo. Me dava bem com todo mundo, mas não pertencia a nenhum grupo, por escolha minha. Odiava isso de ser rotulado.

 

Você consegue se identificar com Artie em algum aspecto?

O fato de cantar na escola. Claro que não era a coisa mais bacana para se fazer... As pessoas me perguntavam: ‘Ah, você é aquele garoto que canta e dança, né?’ E eu rebatia: ‘E você é o garoto que cutuca o nariz...’ Brincadeira, mas acho que a série faz muito por esses jovens que se sentem inseguros no Ensino Médio. E me identifico com isso. Acho que Artie sabe quem ele é muito mais do que eu sabia quem eu era quando estava na escola.

 

Você e seus colegas podem dar palpites sobre o que gostariam de cantar na série?

Não fazemos isso diretamente, mas ficamos cantarolando no set para eles colocarem as músicas na série e falarem que foi ideia deles (risos)! Não, eles vêm até nós para perguntar o que achamos de certas músicas ou se elas caberiam em determinada situação. Eles nos consultam.

 

Não é difícil dançar na cadeira de rodas sem poder mexer as pernas?

Estou me acostumando rapidamente, mas se você olhar com atenção, acho que pode me ver mexendo um pouco as pernas... Quando estou tocando guitarra e o som está alto, quero levantar e sair dançando.

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Teve alguma cena que você precisou gravar várias vezes por mexer as pernas?

Sim, foi logo no primeiro episódio, quando a gente fez 'Don’t Stop Believin’. O diretor me dizia: ‘Kevin, não bata seus pés!’

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