Minissérie revê os acontecimentos mais importantes dos últimos 20 anos

Do atentado às Torres Gêmeas ao Brexit, os fatos que marcaram as últimas duas décadas

PUBLICIDADE

Por Mariane Morisawa
Atualização:

Quanta coisa aconteceu nos últimos 20 anos? O atentado às Torres Gêmeas, as invasões do Afeganistão e do Iraque, a criação das redes sociais, o terremoto, tsunami e acidente nuclear no Japão, a eleição do primeiro presidente negro nos Estados Unidos, o primeiro papa latino-americano, o Brexit. Em seus 20 anos de América Latina, o canal History comemora com 20 Anos de História, que lembra os acontecimentos mais importantes desse período. A minissérie em seis episódios vai ao ar no domingo, 11, a partir das 13h40, com narração do argentino Ricardo Darín na região do Mercosul – no Brasil, a narração é de Fernando Uzeda.

O ator argentino Ricardo Darín faz a locuçãoda minissérie '20 Anos de História', do canal History Foto: History Channel

Para Darín, relembrar o que se passou nos últimos 20 anos teve um impacto. “Não dá para acreditar na quantidade de coisas que aconteceram nos últimos 20 anos”, disse ele em evento virtual. “Depois de me aprofundar em cada um dos eventos, a pergunta que me faço neste momento é: existe a possibilidade de tomarmos consciência do que poderíamos ter evitado e não fizemos? Teremos a oportunidade de dentro de 20 anos olhar para trás e dizer que valeu refrescar a memória para que mudássemos minimamente os acontecimentos?” O ator argentino contou o que mais achou chocante em tudo o que viu. “Foi a falta de inteligência com que o ser humano se comportou em relação ao clima, ao planeta. Tudo o que podíamos ter feito para evitar coisas que estamos sofrendo hoje e não fizemos.” Mas ele ainda acredita no futuro. “É parte da minha personalidade confiar plenamente que podemos raciocinar e mudar o curso do futuro, já que não podemos mudar a história.” Ele mesmo se culpou de não ter usado mais ativamente sua voz para denunciar as coisas que achava erradas. “Quando olho para trás, penso que gostaria de ter sido mais contundente com algumas convicções, porque hoje talvez não tivesse de lamentar tanto a falta de respeito do ser humano em relação ao planeta. Temos de nos comprometer mais, por muitos motivos, não só por nós mesmos, nossos filhos e netos, mas porque somos uma espécie com muita dificuldade de entender que dependemos demais deste lugar onde vivemos.”  Darín não se considera exatamente um otimista, mas, sim, positivo. “Creio que as coisas não vão melhorar a não ser que nós nos coloquemos a trabalhar.” Para interromper os círculos viciosos da história, é preciso honestidade. “Com uma mão no coração, temos de reconhecer os erros cometidos”, disse. “Temos de aceitar que fomos criados e educados em sociedades ultramachistas não somente na América, no mundo todo. Nossa história é marcada pelo patriarcado. Precisamos admitir não só os direitos, mas a inteligência e a importância da mulher em nosso destino e nosso futuro.”  Segundo o ator, uma análise sincera levaria a perceber que a participação das mulheres no destino de nosso planeta seria muito mais benéfica do que a dos homens. “O homem é conquistador, e isso encerra um certo sentido de destruição. A mulher é protetora do lugar onde vive. Advogo por um futuro em que as mulheres tenham uma participação muito mais importante no planeta.” 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.