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‘Mini Beat Power Rockers’ traz banda formada por quatro bebês

Com produção do cineasta argentino Juan José Campanella, série estreia no Discovery Kids nesta segunda-feira, 28

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Por Ubiratan Brasil
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O cineasta argentino Juan José Campanella tornou-se mundialmente conhecido ao ganhar o Oscar de filme estrangeiro em 2009 com O Segredo dos Seus Olhos. O prestígio favoreceu que ele realizasse o sonho de dirigir um desenho animado de longa metragem, Metegol, que estreou em 2013 depois de três anos de trabalho. “Para isso, montamos uma equipe e criamos um estúdio. Ou encerrávamos tudo ou buscávamos um novo projeto”, contou ele ao Estado. O clique surgiu quando ele percebeu uma forma curiosa de como a música consegue unir pais e filhos, pavimentando abismos geracionais: em um parque de Buenos Aires, notou a boa quantidade de garotos que usavam camisetas com estampas dos ídolos paternos. 

Diversãoe arte. Os bebês esua babá,no projeto produzido pelo diretor Juan José Campanella Foto: DISCOVERY KIDS

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Foi o primeiro passo para a criação da série Mini Beat Power Rockers, que estreia nesta segunda-feira, 28, no canal Discovery Kids. Com duas sessões (9h e 18h50) que vão ao ar de segunda a sexta, o programa une diversão e educação. São episódios curtos (em média, 5 minutos) que contam as aventuras de Fuz, Wat, Myo e Carlos, amigos que sonham em formar a maior banda da história.

Detalhe: os quatro são bebês que os pais deixam diariamente em um berçário, enquanto vão trabalhar. O único empecilho é Dolores, a jovem babá que cuida do local e, para ter tempo de se conectar ao mundo das redes sociais, ela quer que os nenês apenas durmam.

“A escolha de bebês são porque não falam e isso me remete aos desenhos que eu assistia quando criança, como Tom & Jerry ou Coiote & Papaléguas, que também não têm diálogos”, explica Campanella, que esteve quinta-feira, 24, em São Paulo, para apresentar o projeto à imprensa.

E as características de cada um foram cuidadosamente pensadas. O baixista Fuz, por exemplo, é o bebê vintage, que representa a música dos anos 1960, especialmente a europeia, com o cabelo cobrindo quase todo o rosto. Já a guitarrista Wat é mais rebelde e lembra os Estados Unidos dos anos 1980. O baterista Carlos, com seu olhar lânguido, é o genuíno representante do charme latino. E, finalmente, a tecladista Myo é bebê tecnológico do grupo – é uma robozinha que traz a música eletrônica, mais conectada com a asiática. “E Dolores é a coiote da história, aquela que sofre para tentar silenciar a molecada”, diverte-se Campanella.

A primeira temporada terá 52 episódios com 26 canções originais, cada uma privilegiando um estilo musical que vai ser apresentado ao público infantil. “Por isso, haverá também a participação especial de outras crianças, como o bebê Gardel, quando se tratar de tango, ou o bebê Bossa Nova”, diz o diretor, que já pensa na segunda temporada, além de outros projetos como um novo filme e a construção de um teatro em Buenos Aires.

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