
29 de janeiro de 2020 | 14h40
A diretora Melina Matsoukas disse que trocar o comando de videoclipes musiciais de Beyoncé para a direção de Queen & Slim na telona lhe deu a chance de contar o que chama de uma história “necessária” sobre “pessoas negras, meu povo”.
Matsoukas compareceu ao tapete vermelho para a première de sua estreia como diretora em Londres, poucos dias antes dos prêmios Bafta, a principal premiação do cinema do Reino Unido, que foi criticada por alguns por sua falta de diversidade.
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Os indicados ao Bafta nas categorias de atuação são todos brancos —o que provocou reação nas mídias sociais como #BaftasSoWhite—, e o público que busca mais diversidade a encontrará em Queen & Slim.
O drama de Matsoukas é sobre um casal negro cujo encontro pelo Tinder termina com a dupla em fuga depois que eles matam um policial branco em legítima defesa.
“Quando li o roteiro, era tudo o que eu buscava em um filme — era político, tinha algo a dizer, parecia realmente necessário e divertido”, disse Matsoukas à Reuters na pré-estreia do filme em Londres.
“Ele também representou uma comunidade de pessoas - negros, meu povo - que nem sempre vemos na tela e eu realmente queria contar nossas histórias para nossas lentes, sem filtro, e conseguimos fazer isso.”
Os atores Daniel Kaluuya e Jodie Turner-Smith se juntaram a Matsoukas no tapete vermelho para comemorar antes do lançamento do filme no Reino Unido em 31 de janeiro.
O filme começa com os personagens Slim e Queen, de Kaluuya e Turner-Smith, em um encontro estranho que parece não estar indo a lugar algum.
Dirigindo para casa por uma rua deserta de Cleveland após o jantar, eles são parados por um policial branco e se envolvem em uma briga que resulta em Queen baleada na perna, e Slim mata o policial em legítima defesa.
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