Mão-de-obra vem da platéia

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Por Redação
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A sala, convencional, abriga cinco mesas. No lugar de largas ilhas de edição, cinco computadores. As dezenas de TVs ligadas em vários canais dão espaço a um único televisor. De plasma, moderno, mas solitário. É assim, nesse cenário que mais parece uma lan house na casa da avô, que funciona o mais novo canal do grupo Abril, o Fiz TV. A novidade, no ar há poucos dias, utiliza a fusão da TV com a internet, disponibilizando em um site vídeos postados por usuários - os 150 mais votados no mês vão parar na TV propriamente dita. É uma estrutura incrivelmente barata e pequena se comparada à de um canal de TV tradicional. O número de funcionários? Sete, todos jovens, descolados e internéticos. E pensar que a Globo não funciona com menos de 8 mil cabeças... "No Fiz, o produtor, o diretor e o editor é o público. Nossa função aqui é separar os vídeos. Também tiramos do site coisas que podem dar problemas de direitos autorais. Não somos o YouTube", fala o Gerente de produção do canal, Demian Grull. No ar pela TVA, o Fiz tem atualmente 4 horas semanais de programação inédita ( o resto é reprise). A idéia é chegar a 24 h até o fim do ano. QUANTO VALE O SHOW? No cardápio, documentário, vídeos caseiros, de humor, microsséries... Tudo feito por pequenos produtores ou curiosos de plantão. Os eleitos levam um cachê (R$ 50 é o inicial), que varia de acordo a hierarquia no canal. "Conforme seus vídeos vão emplacando, o cara vai subindo de posto no Fiz. Começa como espectador, vai para contra-regra, figurante, coadjuvante, diretor e, por último, vira um Chuck Norris, a graduação mais alta no canal", conta Grull."Cada vídeo de um Chuck Norris vale R$ 500.

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