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Macgyver e Jack Bouer não estão sozinhos

Chega ao fim a 1ª temporada da série Human Target, inspirada no HQ

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Por Redação
Atualização:

Sonho de garoto. ‘Fazemos o que todo garoto quer: correr, atirar, dirigir em alta velocidade, ver meninas bonitas e, claro, fazer piada’, diz Chi McBride (segundo, da esquerda para direita)

 

 

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Inspirado em um HQ homônimo, Human Target já provou que seu herói, Christopher Chance, segurança particular que assume diferentes identidades e até se faz passar por seus clientes para protegê-los, sabe lutar e fazer truques inteligentes tanto quanto MacGyver ou Jack Bauer. Mas a receita do sucesso da série, que vai ganhar segunda temporada nos Estados Unidos, é o humor, assunto que pautou a conversa de Mark Valley (Chance), e Chi McBride, que interpreta o rabugento Winston, com o Estado.

 

No ar pela Warner, a primeira temporada da série chega ao fim amanhã, às 22 horas, em episódio duplo. Ainda na emissora, chegam ao fim também as séries Trauma (hoje, às 23h) e V (terça-feira, às 22h).

 

É possível dizer que a série é um mix de 24 horas com história em quadrinhos, não?

Mark: De certa forma.

Chi: Acho que é um pouco como as séries de TV que não se veem há uns 25 anos: Miami Vice (1984-89), The A-Team (1983-87, conhecida aqui como Esquadrão Classe A) e Rockford Files (1974, Arquivo Confidencial). Uma série como essa é puro entretenimento. E é para isso que a TV supostamente serve. É tudo o que alguém quer após um dia duro de trabalho.

Mark: Nós não estamos curando o câncer, mas se você passa seus dias procurando a cura do câncer, é um bom jeito de relaxar (Risos).

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Vocês dão um toque pessoal aos personagens?

Chi: Criativamente falando, tem sido um processo bem gratificante. Não é simplesmente a gente aparecer, receber um papel e fazer. Há uma concepção envolvida e fazemos parte dela, num esforço colaborativo.

Mark: Muitas vezes penso em um comentário espertinho para o Chance, e o Jackie (Earle Haley, que vive Guerrero) diz: ‘Não’ ou ‘Isso foi mais engraçado que da última vez’. Escutamos sugestões e confiamos nos instintos uns dos outros. E Chi tem tino para comédia.

 

É verdade, Chi. Seu personagem nem sorri muito, mas é cômico. Sempre teve esse timing para a comédia?

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Chi: Não sei. Nunca tive uma aula de atuação e, normalmente, não digo isso às pessoas porque você nunca sabe se um espertinho vai dizer: "Jura?! Talvez você devesse considerar" (risos). Mas o fato é que isso não é nada científico para mim. Tento agir e reagir naturalmente. Quando um cara muito sério vê algo ridículo, acho que em vez de dizer algo engraçadinho, simplesmente faz assim (olha com cara de desprezo), o que é muito mais engraçado. Uma vez tive uma conversa sobre interpretar vilões com Stanley Tucci, quando estávamos fazendo (o filme) O Terminal. E Tucci faz vilões tão bem porque ele imagina que o cara não pensa que é vilão. Winston é assim: não se acha engraçado.

 

Já foi ferido de verdade em cena, Mark? Tem medo disso?

Mark: Sim, em alguns momentos. Tem cenas em que o carro está mesmo em alta velocidade. Mas o mais assustador é fazer cena de luta. Geralmente tem seis, sete movimentos a se fazer e, se eu, pato, esqueço um deles... Isso aconteceu uma vez, a dublê me chutou bem na cara. Cenas de luta são a coisa mais assustadora.

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Chi: Mais do que carro em movimento?

Mark: Claro, porque você pode mesmo levar um soco na cara.

Chi: Você pode levar um soco na cara, mas quando seu rosto está a 10 centímetros da calçada e você está a mais de 70 Km/hora, isso não te assusta mais?

Mark: Bem, isso fica para o meu dublê (Risos). Mas na vida real, a coisa mais perigosa que faço, além de montanhismo, é esquecer o cinto de segurança.

 

* Viagem feita a convite do Warner Channel

 

 

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