Ingrid Guimarães apresenta o programa 'Além da Conta' caseiro

Atriz entrevista nesta terça, 12, Claudia Raia e padre Fábio de Melo, no GNT

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Por Ubiratan Brasil
Atualização:

O isolamento social também obrigou a atriz Ingrid Guimarães a rever a forma de produção de seu programa Além da Conta. Agora permanecendo em casa, assim como seus entrevistados, Ingrid estreia nesta terça, 12, a versão Além da Conta #Confinados, às 23h30, no canal por assinatura GNT. Como já acontece em outros programas, a atriz se conecta diretamente com seus convidados para saber sobre as mudanças de comportamento no momento de pandemia.

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Os primeiros convidados são a atriz Claudia Raia e o padre Fábio de Melo, que conversam sobre amizade e solidariedade durante a fase de confinamento. Em um total de cinco episódios, Ingrid vai se conectar ainda com Larissa Manoela, Anitta, Antônio Fagundes, Babu Santana e Paulo Gustavo, para debater temas como trabalho em home office; as dores e as delícias de um confinamento em família; formas de se divertir e se entreter em casa; amor e sexo no isolamento.

A atriz pretende ouvir também especialistas de diversas áreas eu a ajudem a investigar os excessos de comportamento em tempos de distanciamento social, momento em que a tecnologia como principal forma de interação com as pessoas e com o mundo.

Cena do programa 'Além da Conta #Confinados', do GNT, com Ingrid Guimarães Foto: Acervo pessoal

“Será uma mistura de humor com informação, usar a leveza para se refletir sobre o que estamos vivendo hoje”, conta Ingrid, que conversou com o Estado por e-mail. A graça, aliás, em um momento em que acontecem tantas mortes provocada pelo novo coronavírus, é comedida: “A gente pensava e repensava cada frase”.

Uma das figuras recordistas de bilheteria do cinema nacional, Ingrid aproveitou um apartamento desocupado ao lado do seu para montar um mini estúdio, de onde dirige, controla e edita os programas, ao lado de uma equipe reduzida, a maioria trabalhando remotamente – e sempre dependendo do humor da rede de Wi-Fi. Acompanhe a entrevista.

Qual foi a maneira mais criativa e original de trabalhar que você descobriu ou ouviu falar?

A direção remota. No meu caso, era um diretor na Flórida, e dois, em Nova York. E a autora no Rio. A gente ia tendo ideias em tempo real todo mundo junto. Coisa que talvez fosse impossível com a vida corrida lá fora. Com menos recurso técnico, a gente acaba também ficando mais criativo nas ideias.

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Você acredita que essa forma de comunicação via internet favorece os tímidos, na medida em que não precisam aparecer?

Por um lado sim, mas tem gente que odeia falar para a câmera, tem gente que não gosta de se ver, que tem dificuldade com live. Minha mãe, por exemplo, é uma super advogada, mas é de uma geração que não está acostumada a trabalhar através de um celular. Tem que se adaptar. Ao mesmo tempo, ao entrevistar as pessoas famosas, senti um tempo e uma disponibilidade maior já que todos estão em casa.

Os sentimentos se acentuaram com o isolamento social?

Muito. Minha filha fala que não aguenta mais me ver chorar com tudo. Com as coisas boas e ruins. Estamos todos muito intensos, à flor da pele. Quem tem um mínimo de empatia e informação, vive nesse carrossel de emoções. São muitas coisas mudando, muitas mortes, muita solidariedade, medos, esperança, insegurança, acolhimentos, tudo de uma vez.

Também a forma de encarar a morte mudou?

Eu tenho muita angústia de quem encara morte como número, de quem compara tragédia. Morte é morte. É aquela coisa... Sempre alguém está perdendo um amor. Todas me mobilizam e a gente só fica esperando que chegue perto da gente.

De que forma o humor pode ajudar nesse momento? Há algum limite, uma vez que muita gente está morrendo?

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Foi bem delicado fazer humor nesse momento. A gente pensava e repensava cada frase. Ao mesmo tempo em que se tem que ficar atenta para não desrespeitar quem está sofrendo, trazer um pouco de leveza nessa hora é essencial. Minha técnica é sempre rir de mim mesma antes.

E você, como tem enfrentado o isolamento social?

Muito bem, na medida do possível. Sou do grupo mega privilegiado, então eu não reclamo. Estou tentando me manter ativa fisicamente e mentalmente. Malho, escrevo, vejo séries, fico com minha filha e cuido da casa. Às vezes, não faço nada. É hora de ser gentil com a gente e ajudar o outro. Já acordo pensando quem posso ajudar.

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