Heroísmo dita as regras nas séries de TV por assinatura em 2014

HQs finalmente ganham boas versões, com ‘Gotham’ e ‘Constantine’, mas outros heróis também se destacaram

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Por Pedro Antunes
Atualização:

Não precisa usar a cueca por cima da calça. Ou mesmo manter um código de conduta para lá de correto - uma escorregadela aqui e outra acolá torna os personagens ainda mais humanos. Os grandes destaques dos seriados de televisão em 2014 convergem naquele sentimento de heroísmo, intrínseco, que num piscar de olhos, pode mudar tudo.

A começar com os heróis mais quadrados - e literais, por assim dizer. Por muito tempo, os personagens dos quadrinhos não conseguiram emplacar na televisão. Smallville, com o início da vida heroica do Superman, era quase um desrespeito com a história do personagem. O último ano, contudo, mostrou ótimas versões, como The Flash, Constantine e Gotham, baseada na cidade fictícia do Batman, décadas antes do surgimento do Homem-morcego. Não por acaso, os próximos anos trarão seriados baseados em personagens como Supergirl e Demolidor, Punho de Ferro, entre outros. 

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Com heroísmo às avessas, a Netflix, serviço de vídeos em streaming, correspondeu às espectativas criadas nos anos anteriores e manteve as séries Orange Is The New Black e House of Cards em bom nível. A primeira delas levou três estatuetas no Emmy e viu Taylor Schilling e Uzo Aduba concorrerem ao Globo de Ouro em categorias individuais. O mesmo pode ser dito de House of Cards. Robin Wright venceu a categoria de melhor atriz em série de TV, ao criar uma impecável Claire Underwood. Ainda na Netflix, BoJack Horseman é uma grata surpresa. Com o protagonista dublado pelo excelente Will Arnett, a série une drama de um ex-astro de TV com humor psicodélico e piadas escrachadas. 

A HBO, com as produções complexas de praxe, empolgou com a estreia de Leftovers e, principalmente, True Detective, protagonizada por Woody Harrelson e Matthew McConaughey, nesta primeira temporada. Um estouro. Por falar em “estouros”, o que dizer da quarta temporada de Game of Thrones? Como o criador George R.R. Martin já nos ensinou: ser um bom herói não garante a permanência da cabeça sobre o pescoço. 

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