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Globo retoma temática espiritual em novela das seis

De Elizabeth Jhin, 'Além do Tempo' começa no fnal do século 19, no Sul do País, e 'reencarna' nos dias atuais

Por Cristina Padiglione
Atualização:
A autora Elizabeth Jhin Foto: PAULO BELOTE/DIVULGAÇÃO

A abordagem sobre vidas passadas é uma constante nos textos de Elizabeth Jhin, e isso se repete em sua quinta novela solo na Globo, Além do Tempo. Programada para substituir Sete Vidas a partir de 13 de julho, na faixa das 18h da Globo, a trama traz Paolla Oliveira posando de vilã e Alinne Moraes como sua antagonista – Rafael Cardoso fecha o triângulo central da história. Vida após a morte é aposta certa de audiência. Convém lembrar que A Viagem (1991, de Ivani Ribeiro), um clássico do gênero, é recordista entre todas as produções que o canal Viva já reprisou nos seus cinco anos de vida. E, até outro dia, esse negócio de ver gente morta ocupava a faixa das 19h na Globo, com Alto Astral, dona de boa resposta no Ibope. “Impressionante como gostam desse assunto, né?”, espanta-se a própria autora.

Alline Moraes Foto: ESTEVAM AVELLAR/DIVULGAÇÃO
Paolla Oliveria Foto: ESTEVAM AVELLAR/DIVULGAÇÃO

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"Não sou espírita, sou católica, mas sou absolutamente simpatizante da doutrina do Kardec”, diz Beth ao Estado, em entrevista em seu apartamento, no bairro carioca do Leblon. “Comecei a estudar o assunto e fui me aprofundando: todas as verdades levam ao amor ao próximo e a Deus.(A morte) é a única certeza que a gente tem na vida e todo mundo evita falar, evita pensar nisso.”

Além do Tempo não terá fantasminhas identificados por imagens de diferentes textura e iluminação. Se, em Amor Eterno Amor, também de Beth, os tais seres de luz eram explicitados aos olhos do público, agora, os “anjos” que circulam pelo enredo não serão anunciados como tais logo de cara. Mas, “em algum momento, você vai começar a perceber que algumas pessoas que estão ali não são humanas”, avisa Beth Jhin.

Localizado no final do século 19, em uma cidade fictícia no Sul do Brasil, o enredo bem poderia fazer uma remissão a Downton Abbey, série que retrata a aristocracia inglesa no início do mesmo século. A propriedade, no caso da novela, pertence à condessa vivida por Irene Ravache, e foi ambientada em uma fazenda da época áurea do café, em Vassouras, no interior do Rio. Nívea Maria é sua fiel escudeira, chefe da criadagem e eficaz instrumento das tarefas que a condessa quer ver executadas. E tem Felipe Camargo, filho da condessa, par de Ana Beatriz Nogueira, em romance destruído pela mãe má.

Quando a novela se transferir para os dias atuais, evidentemente, os personagens serão outros, mas o elenco se mantém e a localização, idem. Aí está um olhar, pode-se dizer, inédito sobre o tema. “Em todas as minhas novelas, sempre volto ao passado, por meio de sonhos ou terapias. Agora quis começar diferente.” A ação contemporânea encontrará espaço na indústria das vinícolas do Sul do Brasil, todas visitadas por Beth e Rogério Gomes, o Papinha, diretor-geral da produção, com toda a equipe.

No time de colaboradores da autora, está sua filha, Renata Jhin, Eliane Garcia, Lílian Garcia, Duba Elia, Vinicius Vianna e Wagner de Assis. Diferentemente da novela atual (que será mais curta para atender às conveniências do calendário estratégico de TV), Além do Tempo terá 161 capítulos.

O elenco conta ainda com Letícia Persilles, Luiz Carlos Vasconcelos (o grande vilão), Luiz Mello, Júlia Lemmertz, Flora Diegues, Mel Maia, Daniela Fontan, Humberto Martins, Jandira Martini e Carol Castro, entre outros. Boa parte da equipe tem viajado para o Rio Grande do Sul para gravações que colocam agora outra região do País no rodízio frequentado por Rio e São Paulo como cenários das novelas atualmente no ar. 

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