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Forest Whitaker se prepara para viver líder do FBI na televisão

Protagonista de 'Criminal Minds: Suspect Behavior' fala sobre seu primeiro papel como protagonista na televisão

Por Alline Dauroiz
Atualização:

LOS ANGELES - Ele já treinou para ser cantor de ópera, gravou CD, dirigiu filme, levou um Oscar e um Globo de Ouro de melhor ator (em 2007, pelo filme O Último Rei da Escócia), já fez TV - episódios de ER e The Shield -, mas nunca tinha ganhado sua própria série. Aos 50 anos de idade e 29 de carreira, Forest Whitaker estreia como protagonista na TV em Criminal Minds - Suspect Behavior, spin-off (série derivada) de Criminal Minds, que chega ao AXN nesta terça-feira, às 21h.

 

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Em entrevista à imprensa internacional, da qual o Estado participou, o ator fala da preparação para viver Sam Cooper, ex-seminarista de passado obscuro que lidera uma célula especial da Unidade de Análise Comportamental do FBI. Ao público, um aviso: apesar do time estrelado e do sucesso da trama original, a série de Whitaker foi cancelada com apenas 13 episódios.

 

Você nunca estrelou uma série de TV. O que o fez pegar esse papel?

 

Nunca tive minha própria série, mas vivi grandes experiências na TV. Recebi convite para várias séries, mas escolhi esta, pois estava interessado em explorar a psique humana. Pensei que podia fazer uma série sobre um assunto que me interessaria por anos.

 

Esses outros convites eram para ser protagonista?

 

Um era para ser compositor de musicais da Broadway e me intrigou, porque gosto de música e pensei que aprenderia a tocar piano e a cantar. Mas o personagem era muito dark, sofria demais, era viciado em cocaína. Sabe, não importa quanto eu evite, uma parte do personagem fica em mim... E queria fazer um personagem com quem pudesse conviver e crescer. E Sam Cooper é um cara legal de se levar para casa.

 

É irônico, pois você escolheu uma série que lida com um lado obscuro da natureza humana...

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Sim. É uma dicotomia. Mas estou sempre tentando descobrir onde está a luz de cada pessoa. E Sam Cooper também diz constantemente que estamos todos conectados e que há uma luz dentro de cada um. Nessa série, as pessoas podem examinar a dualidade da natureza humana. Isso pode ser muito intrigante.

 

Quanta pesquisa você já fez para este papel?

 

Fui para Quântico (base da Academia do FBI, no Estado norte-americano da Virgínia), acompanhei equipes de resgate de reféns em operações. Fui ao (centro de treinamento tático) Hogan’s Alley, onde o FBI faz simulações. Me encontrei com os melhores analistas de comportamento do país, uns 12 deles, cada um de uma área: de terroristas a serial killers. Depois me aprimorei em tiro e artes marciais, comecei a estudar e ler. Esse é o processo que normalmente faço.

 

E o que os analistas reais lhe disseram mudou a forma de você ver o personagem?

 

O que me afetou não foi nem tanto o que eles disseram, mas como eles se comportaram. Quando falavam de rapto de crianças, por exemplo, você sentia a mudança de energia, a dor. Eles são afetados pelos crimes.

 

Dez anos atrás, talvez um ator do seu calibre se recusasse a fazer TV. Você pode falar dessa evolução da TV?

 

Acho que houve uma mudança nos EUA, mas gosto de me ver como um contador de histórias e quero contá-las sempre. Tento não ver limites. Quem sabe no ano que vem eu não esteja fazendo algo na internet? Agora, sobre a essa evolução, acho que ainda está em andamento.

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Muitos meninos sonham em ser policiais ou agentes do FBI. Esse foi o seu caso?

 

Não (risos). Mas já quis ser analista de comportamento. Lembro de estar no jardim de infância e perguntarem: "O que você quer ser quando crescer?" E eu disse: "Quero ser etólogo". E todo mundo: "O quê?". E eu: "Estudioso do comportamento animal". De certa forma, ainda faço isso.

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