'Escalar atores novos oxigena a TV'

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Por Redação
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Coube ao repórter do Estado fazer a última entrevista com a atriz Andréia Horta, protagonista de Alice, na coletiva da HBO para anunciar a série. Após mais de quatro horas falando com jornalistas, fomos educados e lançamos: "Andréia, a que pergunta você não agüenta mais responder?" A mineira de Juiz de Fora rapidamente rebateu, com uma careta e um sorriso: "Se eu sou a Alice também..." Droga! E não é que essa era a minha primeira pergunta? Então... Você é ou não é? (Risos) Quando terminei de gravar (a minissérie) JK e ainda não tinha sido contratada pela Record, eu vendia poesia na rua. Acho que todo mundo que um dia se descobriu adulto se questionou se a vida era só aquilo que vinha sendo há tantos anos, se havia outra maneira mais irresponsável de ser feliz... Alice se perde, pergunta, se encanta, fica ridícula, trai, cai e não pára de andar. E o que te conquistou em São Paulo? Primeiro a arquitetura cinza meio prata meio pichada, um céu nublado, prédios gigantes... Chegar de avião em São Paulo é um arrebatamento no meu peito, acho lindo demais. São Paulo foi minha vida real, me formei aqui, meus melhores amigos moram aqui. São Paulo é libertário, inteligente, cultural, caótico. O Karim e o Sérgio disseram que se sentiram fazendo cinema com Alice, não TV. E você? Um pouco dos dois. A linguagem foi de cinema. Já tinha o roteiro pronto, eu sabia onde ia a personagem. Na televisão você nunca sabe para onde o personagem vai, o que é um grande aprendizado. Apesar de estar na televisão (ela vive Beatriz em Chamas da Vida, da Record), você é um rosto novo e já é protagonista. Isso não é ótimo? Como já ouvi, escalar atores desconhecidos em Alice oxigena a TV. Grande parte do elenco não é reconhecido no shopping. Curiosidade masculina: você nunca vai usar sutiã em Alice? Hummm... Não! Faz parte da construção da sua personagem? (Risos) Foi uma sugestão do Karim. Mas, olha, eu apareço de sutiã no terceiro episódio. É que esse foi dirigido pela Márcia!

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