Em 'Blacklist', criminoso une-se à luta contra o crime

Série traz James Spader como o protagonista obsecado por uma agente do FBI

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Por Gabriel Perline
Atualização:

Os investigadores do FBI nunca foram tão subestimados quanto em The Blacklist. A nova série da NBC, exibida no Brasil pelo canal Sony a partir de terça (1.º), às 21h, mostra a tentativa de regeneração de Raymond Reddington, interpretado por James Spader, um criminoso inteligente, responsável por atos de larga escala em todo o mundo e procurado há mais de uma década pelas autoridades norte-americanas. Red entrega-se disposto a colaborar com as buscas por bandidos, assassinos, traficantes e terroristas que um dia trabalharam para ele sob uma condição: ter contato somente com a agente novata Elizabeth Keen (Megan Boone).

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A obsessão de Raymond pela oficial é um dos principais focos do episódio piloto. Ele conhece detalhes íntimos de sua vida, como sua história de infância, a origem da cicatriz que carrega no pulso e até mesmo o processo de adoção que enfrenta, junto ao marido, para ter um filho. Há uma ligação afetiva entre o criminoso e Elizabeth, mas ela não faz ideia de qual seja. Esse é um dos mistérios que movimentam a trama.

Preso em uma cela especial, ele conta a Elizabeth detalhes sobre o terrorista Ranko Zamani (Jamie Jackson), no país para sequestrar a filha do general Daniel Ryker (Chance Kelly). Ela aciona a força armada para evitar o ato. Seu posicionamento enfático incomoda o agente Donald Ressler (Diego Klattenhoff, que interpreta Mike Faber em Homeland), envolvido na busca de Raymond há cinco anos, que tenta sabotar a novata, sem sucesso.

Mesmo com toda a patrulha a postos para impedir o ato, Zamani rapta a garota, instala um colete explosivo nela e abandona-a no zoológico. Raymond entra em cena e ajuda a salvar a garota e a capturar o terrorista.

Com o caso resolvido, ele ironiza o FBI e impõe suas condições. Quer hospedagem em hotéis de luxo, refeições bem elaboradas, e reforça, seu pedido inicial: ter contato somente com Elizabeth Keen. Em troca, ele oferece a “lista negra” e colabora na captura de outros criminosos que incomodam a segurança nacional.

 

‘Você nunca sabe o que vai acontecer com cada personagem’, diz ator Diego Klattenhoff

Qual a diferença dessa série para outras do mesmo gênero?É bem dinâmica, tem muita coisa acontecendo em um episódio só. Acredito que as reviravoltas que exploramos a tornam única. Você é fisgado a cada episódio.

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Você acha que Blacklist fará tanto sucesso quanto Homeland?Espero que sim. São séries diferentes, mas espero que faça tanto sucesso quanto. É um programa empolgante e com apelo para muita gente. Há personagens interessantes e vilões divertidos. Você nunca sabe o que vai acontecer com cada personagem, tem de assistir para vê-lo crescer.

Blacklist tem sido comparada a O Silêncio dos Inocentes. O que você acha disso?Um elogio. Há um padrão de thriller psicológico, mas o Red (James Spader) não come as pessoas. Porém, veremos, talvez, ele fazer algo semelhante lá pelo décimo episódio.

Como é trabalhar com o James Spader?Ele é um ícone. Todos têm respeito por ele, até os sem-teto. Ele é muito profissional e preparado, além disso, é muito íntegro como artista.

Como você se preparou?O papel chegou em um momento perfeito, em que eu tinha acabado de sair de Homeland. Ainda bem que os criadores viram meu trabalho e, a partir disso, foi só uma questão de brigar pelo papel.

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