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Canal a cabo de Oprah Winfrey será levado para fora dos EUA

Por PAUL THOMASCH
Atualização:

Três meses depois de o canal de TV a cabo de Oprah Winfrey ter estreado nos Estados Unidos, estão a caminho os preparativos para levar a rede a plateias internacionais. Executivos da Discovery Communications Inc., co-proprietária da rede, disse que as primeiras discussões com distribuidores em mercados estrangeiros já começaram e que as negociações devem ser aprofundadas no decorrer do ano. "Acreditamos que o canal será lançado internacionalmente," disse Mark Hollinger, chefe dos negócios internacionais da Discovery. Hollinger se negou a informar os países que fazem parte do plano de expansão. Além dos EUA, o canal Oprah Winfrey Network hoje só pode ser visto no Canadá. Uma joint venture entre a Discovery e a produtora de Oprah Winfrey, OWN, foi lançada este ano nos EUA, como uma rede em grande medida voltada ao público feminino, reunindo matérias de estilo de vida, aconselhamento e outras. A audiência tem sido variada. Mas Winfrey, vista como a mulher mais influente na televisão norte-americana, deverá dedicar mais atenção à OWN nos próximos meses, depois de ir ao ar o último episódio original de seu programa "The Oprah Winfrey Show," em 25 de maio. Os planos internacionais da Discovery fazem parte de um esforço crescente para ampliar seus negócios no exterior. O executivo-chefe David Zaslav passa até 40 por cento de seu tempo fora dos EUA, disse ele, visitando mercados como o Chile, Romênia, Rússia e Índia. Cinco anos atrás, apenas 10 por cento dos negócios da Discovery vinham de mercados estrangeiros. Hoje esse percentual é de um terço. "São mercados que se assemelham aos dos EUA dez anos atrás," disse ele --um período que descreveu como "a tempestade perfeita" para os negócios, com audiência, número de assinantes e gastos com publicidade na TV a cabo todos em alta. Uma vantagem adicional para a Discovery é o fato de muitos de seus programas de aventura e ciências parecerem feitos sob medida para públicos internacionais, já que evitam as referências culturais e piadas que podem dificultar a exportação de comédias ou dramas norte-americanos.

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