Aula de história com bom humor

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Por Etienne Jacintho
Atualização:

Desculpem o clichê, mas por trás de um grande homem sempre há uma grande mulher. E isso não é discurso de feminista. Quem assistir à minissérie John Adams, na HBO - vale muito a pena -, vai comprovar o que digo na atuação de Laura Linney. A atriz vive Abigail Adams, a mulher de John Adams, o ótimo Paul Giamatti. Mas quem foi esse cara? Bem, na minha ignorância em relação à história dos Estados Unidos, confesso que tive de fazer lição de casa para acompanhar os dois primeiros episódios - são sete no total e cada um com cerca de 1h30 de duração. John Adams foi um dos líderes da independência dos EUA. Ele foi o primeiro vice-presidente americano e chegou também à presidência. Enfim, relevando algum discurso americano inflamado, a minissérie é impecável. Tá, depois de uma reportagem sobre Brothers & Sisters, uma coluna sobre John Adams pode ser americanismo demais, mas não sou Kitty Walker. A minissérie é boa e não foi à toa que levou 13 Emmys. Dois deles para o casal Adams, Laura Linney e Paul Giamatti. E o de melhor minissérie, direção, roteiro... Ah, o vencedor do Emmy de ator coadjuvante em série dramática também está lá: Zeljko Ivanek, o Ray Fiske de Damages, de novo incrível. E está com o mesmo olhar perturbador. Até fiquei esperando que ele desse um tiro na cabeça. Mas essa é outra história. Tom Wilkinson também foi premiado por sua atuação em John Adams, como Benjamim Franklin, e atenção aos diálogos, principalmente os que envolvem Franklin. Afinal, mais que os efeitos, a fotografia ou a aula de história, cada fala vale a atração, seja no tribunal ou no Congresso. Humor do bom!

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