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Alta definição na era da TV preto-e-branco

Livro resgata o sucesso que Shotaro Shimada, mestre da yoga no País, fazia ao vivo, pela Tupi

Por Cristina Padiglione
Atualização:

Que TV digital o quê? Desafio era apresentar aulas de ioga ao vivo, na TV em preto-e-branco. Recém-lançado, o livro Shotaro Shimada - A Ioga do Mestre e do Aprendiz (Phorte Editora, 286 pág., R$ 32), um emocionante depoimento do introdutor da ioga no Brasil ao jornalista Wagner Carelli, traz a público importante momento da TV brasileira. À frente do Revista Feminina, programa pioneiro na categoria, a apresentadora Maria Tereza Gregori convidou, em 1960, o professor Shimada para dar aulas de ioga que duravam 15 minutos - e acabaram ficando 15 anos no ar. "Tanto a aluna que apresentava as posturas como eu usávamos collants pretos. O efeito era muito bom na TV, que transmitia ainda em preto-e- branco; as roupas e os movimentos em preto contrastavam com o cenário branco e cinza-claro. Foi um sucesso incrível. Quem vê hoje diz que parecíamos ninjas", lembra Shimada. O efeito celebridade foi tamanho que até o então governador de São Paulo, Adhemar de Barros, convocou o professor Shimada para dar aulas no Palácio dos Campos Elíseos. Tanto quanto as aulas que encantavam telespectadores, o livro de Shimada, 80 anos, 50 de ioga, com "lições de uma vida simples para plenitude", é imperdível. Em tempo: o mesmo Revista Feminina serviu de palco para a estréia da Cozinha Maravilhosa de Ofélia, outro quadro de 15 minutos, que viria a ser o programa culinário mais famoso e duradouro da história da televisão brasileira.

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