Morre o ator e diretor Antônio Abujamra

Ele tinha 82 anos e atualmente comandava o programa 'Provocações', da TV Cultura; velório será no Teatro Sérgio Cardoso

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Por Redação
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Atualizado às 17h30

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O corpo do ator e diretor de teatro Antônio Abujamra, 82 anos, será velado a partir das 23h desta terça-feira, 28, no Teatro Sérgio Cardoso, na Bela Vista, centro de São Paulo. Ele morreu pela manhã em sua casa, em Higienópolis. Abu, como era conhecido, tinha 82 anos, e morreu em decorrência de enfarte. Uma fonte próxima da família disse ao Estado que ele estava bem pela noite desta segunda, 27, mas que morreu enquanto dormia. 

Abujamra apresentava, desde 2000, o programa de entrevistas Provocações, na TV Cultura. "Agradecemos o carinho e apoio de todos que tem nos acompanhado ao longo desses 14 anos de programa", diz uma mensagem na página oficial do programa no Facebook.

Nascido em Ourinhos (SP), em setembro de 1932, Abujamra se formou em filosofia e jornalismo pela PUC do Rio Grande do Sul, onde iniciou sua carreira como diretor e crítico de teatro. Depois de uma temporada na Europa, estreia em São Paulo, em 1961, a peça Raízes, seu primeiro trabalho profissional na área.

Ainda nos anos 1960, funda o Grupo Decisão, para estudar e disseminar o teatro político de Bertolt Brecht, muda-se ao Rio e encena várias peças de sucesso, como O Inoportuno, Electra e As Criadas. Na década de 1970, após várias intervenções da ditadura nas suas peças, alia-se ao teatro de resistência, dirigindo o monólogo Muro de Arrimo, com Antônio Fagundes, entre outras montagens.

Em 1981, começa a se dedicar ao Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC. Com a atriz Denise Stoklos, ele dirige Um Orgasmo Adulto Escapa do Zoológico, de Dario Fo, em 1984, que projeta a carreira internacional da atriz.

Aos 55 anos, Abujamra inicia sua carreira de ator em telenovelas e também no teatro - uma de suas participações significativas na teledramaturgia se dá em 1989, quando interpretou o bruxo Ravengar na novela Que Rei Sou Eu?, da Globo.

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Durante os anos 1990, a frente do grupo de teatro Os Fodidos Privilegiados, no Rio, alcança definitivamente sucesso de público e crítica.

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