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‘Minha Vida Daria um Bolero’ mostra que é possível se apaixonar por uma voz

Musical utiliza o ritmo das canções para contar uma história de amor que parecia impossível

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Por Ubiratan Brasil
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O ritmo sincopado do bolero é adequado para histórias sem grandes surpresas, em que os diálogos espertos combinam a fim de construir uma boa comédia dramática. É o que explica a presença de canções que fazem parte do imaginário coletivo como Tú me Acostumbraste, Solamente una Vez, Besame Mucho e Vereda Tropical, que ajudam a contar a história do musical Minha Vida Daria um Bolero, que estreia sábado, 12, no Teatro Nair Bello, no Shopping Frei Caneca.

Françoise Forton. Atriz vive apresentadora de rádio Foto: Luiz Ferreira

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Com texto de Arthur Xexéo e interpretação de Françoise Forton e Fábio Cador, o espetáculo começa quando está indo ao ar a última edição do programa Minha Vida Daria um Bolero, pela Rádio Mundo. Motivo suficiente para Diana (Françoise) revelar o relacionamento que mantém há 20 anos com um professor de dança, Orlando (Cador). O curioso é que, durante todo esse tempo, eles nunca se viram, conversando principalmente pelo próprio programa radiofônico.

“A peça conta a maneira com que as pessoas podem se apaixonar, mesmo não estando presentes fisicamente. O relacionamento acontece a partir do programa de rádio de Diana, no qual ela usa boleros para dar conselhos a seus ouvintes”, explica Françoise, cuja personagem é a locutora do programa e, nessa última edição, ela, que nunca se casou, mas acredita no amor, tem a chance de sua vida. “No dia em que é abandonado no altar por sua noiva, Orlando ouve o programa de boleros e se apaixona pela voz e pelo jeito despachado da locutora”, conta Cador.

“Poucos gêneros musicais falam tanto do amor quanto o bolero: paixões não correspondidas, relações interrompidas e amores proibidos. O bolero adequado a uma comédia romântica é suave e leve. Todo mundo já se emocionou com algum bolero. Há toda uma geração que dançou de rosto colado ouvindo Nat King Cole cantar Aquellos Ojos Verdes, ou as cantoras da Era do Rádio”, comenta Xexéo.

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