
12 de março de 2020 | 14h33
A produção do Festival de Curitiba informou, nesta quinta, 12, que vai adiar a programação de sua mostra para evitar a disseminação do Covid-19, o novo coronavírus. A 29ª edição seria realizada de 24 de março a 5 de abril.
O evento será reagendado entre os dias 1º e 13 de setembro de 2020.
Em nota, o comunicado justifica que "a decisão se deve à segurança e ao cuidado com a saúde do público, dos artistas e de toda a equipe de trabalho."
Os ingressos já adquiridos continuam válidos para a programação nas datas informadas.
COMUNICADO
A produção do Festival de Curitiba informa a decisão do adiamento de toda a sua programação devido à pandemia do Covid 19, o coronavírus.
A decisão se deve à segurança e ao cuidado com a saúde do público, dos artistas e de toda a equipe de trabalho.
O evento está adiado para setembro de 2020, entre os dias 1° e 13.
Os ingressos já adquiridos continuam válidos para a programação nas datas informadas.
Mais informações em breve.
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12 de março de 2020 | 14h00
Os sintomas de uma alergia podem ser debilitantes: coceira, olhos vermelhos e lacrimejantes, espirros, coriza e, às vezes, tosse. Este ano, o novo coronavírus adiciona uma camada de desconforto ao aborrecimento sazonal, especialmente em áreas onde a contagem de pólen já está em níveis mais elevados. Com o medo aumentando em conjunto com o número de casos de covid-19, a doença respiratória causada por um vírus, médicos estão preocupados com a possibilidade daqueles que sofrem com alergias confundirem suas reações costumeiras ao pólen com sintomas de coronavírus e, assim, sobrecarregarem um sistema de saúde já sobrecarregado com visitas causadas pelo pânico.
"Pode ser confuso e é importante diferenciar. Se é viral, toda vez que você tosse, espalha gotículas em um raio de um metro e oitenta "que podem infectar outras pessoas", disse Sally Joo Bailey, alergologista da Allergy Associates of Northern Virginia, em Arlington, na Virgínia, e ex-presidente da Sociedade de Asma, Alergia e Imunologia Clínica da Grande Washington. As alergias, por outro lado, não são contagiosas.
Os dados mostram que algumas pessoas infectadas com o coronavírus apresentam sintomas semelhantes, como tosse, congestão nasal, coriza e garganta inflamada.
Mas existem diferenças importantes entre o vírus e as alergias que devem ajudar a aliviar o pânico desnecessário. Alergias, que são uma reação exagerada do sistema imunológico a partículas estranhas, não devem causar calafrios, dores no corpo ou febres, disse Sally. Esses são os sinais clássicos de uma infecção viral, como a do covid-19. Além disso, embora pacientes com coronavírus possam ter congestão nasal, isso não é comum. A Organização Mundial da Saúde (OMS) descobriu que apenas cerca de 5% dos pacientes com coronavírus na China tinham congestão nasal. E, aproximadamente, 14% apresentavam dor de garganta.
A temporada de gripes e resfriados pode durar até maio (no hemisfério norte), e é mais difícil diferenciar a covid-19 dessas doenças. Tanto o resfriado quanto a gripe, ou a influenza, são, como a covid-19, infecções virais transmitidas por meio do contato de pessoa para pessoa. A gripe é acompanhada de febre, o que também pode acontecer no caso de um resfriado. Tanto a gripe quanto o coronavírus podem causar tosse seca. Já um resfriado pode ser acompanhado por uma tosse úmida ou seca.
A vacina contra a gripe não oferece proteção contra o coronavírus e não garante que você não contraia a doença; portanto, as pessoas que foram vacinadas contra a gripe, mas apresentam sintomas semelhantes aos da enfermidade, devem levá-los a sério.
"Mesmo um médico experiente nem sempre pode diferenciar infecções virais sem exames", disse Jesse Goodman, especialista em doenças infecciosas da Universidade Georgetown.
Em caso de dúvida, é melhor consultar um médico, disse Goodman. "Eles provavelmente farão perguntas sobre a saúde geral do paciente, além dos medicamentos que faz uso para avaliar seu grupo de risco". Aqueles com febre alta e dificuldade em respirar serão solicitados a talvez ficarem internados, mas, à medida que os casos de covid-19 aumentam, os pacientes que apresentam sintomas leves podem ser encorajados a ficar em casa em vez de fazer o teste, uma vez que não há medicamentos para a doença, apenas cuidados de apoio. "Queremos testar as pessoas para confirmar os casos de gripe porque temos um tratamento para esses pacientes", disse Goodman, referindo-se ao medicamento antiviral usado no tratamento daqueles com gripe.
Aqui estão algumas sugestões de especialistas sobre como lidar com essa confluência de alergias sazonais, resfriado comum, influenza e coronavírus.
"Ninguém pode dizer agora que esse vírus não é significativo", disse Goodman sobre o coronavírus. "Mas acho que é realmente importante que as pessoas percebam que não é o ebola", que tem uma taxa média de mortalidade de 50%, em comparação com a estimativa atual da OMS entre 3% e 4% para a covid-19. "Parece que a grande maioria das pessoas tem uma doença moderada e melhora."
Ele enfatizou que, à medida que entramos na temporada de alergias e saímos da época de gripes e resfriados, é importante que o público não corra para o pronto-socorro com alergias sazonais e doenças menos graves, ou que compre máscaras e antissépticos para as mãos desnecessariamente.
"Às vezes, o medo pode ser mais perigoso que um vírus", disse ele. "As pessoas podem colocar a si mesmas e a outras pessoas em perigo". / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIAC
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12 de março de 2020 | 13h40
Está confirmado o adiamento do festival Lollapalooza da Argentina por causa do coronavírus. Eventor seria realizado entre os dias 27 e 29 de março, em San Isidro. Organização informa que está procurando nova data para a realização do festival, no segundo semestre.
Esse deve ser o caminho de muitos outros shows organizados em diversos países, na tentativa de conter o avanço do Covid-19, que vem afetando a saúde das pessoas e travando a a circulação e concentração de público em locais das apresentações.
Aqui no Brasil, todos aguardam pronunciamento sobre a edição do Lollapalooza aqui no País, que está marcado para começo de abril, de 3 a 5, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Entre as atrações da edição argentina, o Lollapalooza havia escalado nomes como Lana Del Rey e Guns N'Roses.
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12 de março de 2020 | 15h16
Atualizado 12 de março de 2020 | 15h21
Os filmes Um Lugar Silencioso – Parte II, Velozes e Furiosos 9, A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais tiveram suas estreias suspensas pelas distribuidoras. Ainda não há novas datas confirmadas. O motivo é a preocupação com a epidemia do novo coronavírus.
A Paramount Pictures mudou a data de estreia do filme de John Krasinski no mundo todo. "Acreditamos e apoiamos a experiência do cinema e tentaremos colocar o nosso filme de volta ao mercado o mais rápido possível", diz um comunicado. "A futura data de lançamento de Um Lugar Silencioso – Parte II será anunciada assim que tivermos uma percepção melhor do impacto dessa pandemia no mercado de cinema global."
A Universal empurrou em quase um ano o lançamento de Velozes e Furiosos 9: de maio de 2020 para abril de 2021.
No Brasil, a Galeria Distribuidora e a Santa Rita Filmes decidiram suspender a estreia dos filmes sobre o caso de Suzane von Richtofen. "As empresas estão acompanhando o cenário e, até o momento, mantêm a estreia dos longas em 2020, ainda sem data definida", diz uma nota das empresas.
Nesta quinta-feira, 12, diversos eventos culturais foram adiados, suspensos ou cancelados, como o Festival de Curitiba e os Lollapalooza Argentina e Chile.
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12 de março de 2020 | 14h47
O Fama – Fábrica de Arte Marcos Amaro de Itu emitiu comunicado informando o adiamento da abertura da exposição com desenhos raros de Tarsila do Amaral, que seria neste sábado, 14, por causa da pandemia do coronavírus.
Aqui o comunicado:
A abertura da exposição Tarsila: estudos e anotações, marcada para este sábado (14/3) no FAMA Museu, em Itu, foi adiada em função da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), conforme anunciado ontem (11/3) pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A nova data para abertura da mostra será decidida nos próximos dias, com base nas orientações das autoridades de saúde.
Entre as 2 mil obras pertencentes ao acervo da fundação mantida pelo colecionador e galerista Marcos Amaro, figuram 203 desenhos originais da modernista Tarsila do Amaral (1886-1973) e são estar obras que integram essa exposição, que terá nova data para ser aberta.
Com 50 funcionários trabalhando no espaço cultural – uma antiga fábrica de jeans tombada pelo Patrimônio, que está sendo restaurada –, a Fama já recebe 12 mil visitantes por ano, número que tende a crescer com a futura exposição de Tarsila organizada pelas curadoras Aracy Amaral e Regina Teixeira de Barros. Essa previsão se justifica após o êxito da retrospectiva da pintora (Tarsila Popular) no Masp, que bateu recorde de visitação em 2019.
Mais conhecida como pintora, Tarsila foi também exímia desenhista, formada no ateliê do acadêmico Pedro Alexandrino (1856-1942), onde conheceu Anita Malfatti (1889-1964), de quem se tornou amiga. Alexandrino, aluno de Almeida Júnior (1850-1899), foi formado – a exemplo do amigo professor – no rigor da academia francesa, dando muito valor ao desenho, que considerava a base fundamental da boa pintura. Curiosamente, foi o projeto racional do desenho que levou Tarsila a desenvolver sua expressão cromática livre e sensual, como provam alguns esboços da futura exposição da Fama. Também com Alexandrino, lembra a curadora Regina Teixeira de Barros, Tarsila criou o hábito de carregar caderninhos de anotações e esboços, origem de muitos dos desenhos que poderão ser vistas nesta mostra, que ganhará nova data para ser realizada em Itu, cidade vizinha onde nasceu Tarsila, Capivari.
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12 de março de 2020 | 14h24
Devido à pandemia de coronavírus e seguindo o que foi decidido pela Argentina nesta quinta, 12, o Chile também decidiu adiar sua edição 2020 do festival Lollapalooza, que seria realiado dias 25, 27 e 29 de março, em Santiago. Organização informa que está procurando nova data para a realização do festival, no segundo semestre.
Esse deve ser o caminho de muitos outros shows organizados em diversos países, na tentativa de conter o avanço do Covid-19, que vem afetando a saúde das pessoas e travando a circulação e concentração de público em locais das apresentações.
Entre os destaques da edição do Chile, nomes como Travis Scott, Lana Del Rey, The Strokes.
Aqui no Brasil, todos aguardam pronunciamento sobre a edição do Lollapalooza aqui no País, que está marcado para começo de abril, de 3 a 5, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
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11 de março de 2020 | 17h14
Com o aumento dos casos de transmissão do novo coronavírus ao redor do mundo, tem crescido também o cancelamento de shows, conferências e outros eventos, para evitar a aglomeração de pessoas. O cantor Jorge Drexler, porém, encontrou um meio criativo para substituir um concerto adiado devido à pandemia: a realização de uma transmissão ao vivo no Facebook no horário do evento.
Drexler, cantor e compositor uruguaio que ganhou o Oscar de Melhor Canção Original em 2005 com Al Otro Lado Del Rio, iria realizar duas apresentações no Teatro Melico Salazar, na Costa Rica, uma na terça-feira, 10, e outra na quarta-feira, 11. Ambas foram adiadas, no dia 10, para agosto de 2020.
Como alternativa, Drexler fez uma publicação horas antes do concerto avisando aos seguidores que realizaria um vídeo ao vivo no Facebook para substituir a apresentação, e também pediu para que as pessoas fossem sugerindo, durante a live, músicas para ele tocar. A apresentação foi feita no próprio Teatro Melico Salazar no horário combinado, com uma plateia vazia ao fundo e Drexler no centro do palco.
“O que estão vendo é o Teatro Melico Salazar, na Costa Rica. A esta hora estaríamos começando um concerto, as entradas estavam vendidas há muito tempo, se esgotaram em uma hora para o show de hoje e em algumas horas para o de amanhã, mas por razões que vocês conseguem imaginar tivemos que adiar o concerto”, comentou Drexler no início da live.
No mesmo dia em que os concertos foram adiados, já na Costa Rica, Jorge Drexler publicou no Instagram um vídeo em que mostra uma canção composta nesta terça-feira, 10, sobre os efeitos da expansão do novo coronavírus nas relações entre as pessoas. “A paranoia e o medo não são, e não serão, o modo de sairmos juntos [da pandemia]”, diz um trecho da música.
*Estagiário sob supervisão de Charlise Morais
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