Em velório, artistas e familiares dão adeus a Bárbara Heliodora

Após homenagens, corpo é cremado na tarde deste sábado; crítica de teatro tinha 91 anos e morreu na manhã da última sexta-feira

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Por Danielle Villela
Atualização:

Artistas familiares e amigos estiveram neste sábado no Memorial do Carmo, na zona portuária do Rio, para o velório da pesquisadora, tradutora e crítica cultural Barbara Heliodora, morta na manhã desta sexta-feira, 10, aos 91 anos, no Hospital Samaritano, no Rio. A cremação está prevista para as 15h no mesmo local. "Em primeiro lugar ela foi uma mãe muito querida, muito amorosa e que me deu muita cultura e educação", disse Patricia Bueno, uma das três filhas de Barbara Heliodora. Ela destacou o legado deixado pela mãe. "Ela sempre dizia que para ser crítico é preciso amar enlouquecidamente o teatro, senão você não consegue falar nem bem nem mal". Estiveram presentes ao velório atores como Fernanda Montenegro, Marília Pêra, Marco Nanini, Beth Goulart, Otávio Augusto e Edwin Luisi. "Muitas vezes li coisas lindas que ela escreveu a respeito dos meus espetáculos e de espetáculos de colegas. E muitas vezes fiquei assombrada com a coragem dela de falar tão mal", disse Marília Pêra. A atriz lembrou que com o passar do tempo ela e a crítica teatral se tornaram amigas. "Ela foi uma grande mãe, muito amorosa e rigorosa. Nos ensinou a amar o teatro. Estamos mais pobres, menos lúcidos e perdemos uma grande mulher", declarou a atriz Beth Goulart. Nascida em 29 de agosto de 1923 no Rio de Janeiro, Heliodora Carneiro de Mendonça – o nome Barbara só foi recebido após o batismo – se tornou uma crítica respeitada e temida pelo rigor, seriedade e erudição de seu texto. Após escrever críticas por mais de 20 anos para o jornal O Globo, Barbara se aposentou em 2014, alegando cansaço.

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