Com quatro câmeras, Madame Sheila ganha os palcos do Teatro Unimed com temporada em oito episódios, transmitidas semanalmente a partir desta quinta, 1º.
A personagem do ator Luis Miranda, a socialite vive desventuras durante o confinamento da pandemia. Lugar e espaço de crítica e humor, a montagem dirigida por Monique Gardenberg fala ao Estado obre o projeto e sua idealização ainda na época das turnês de 5x Comédia.
Confira a entrevista:
Madame Sheila traz uma personagem confinada em casa durante a pandemia. Como Luis Miranda traz seu humor e sua crítica?
Luis amplifica as diferenças de classe ao retratar uma milionária insensível e autocentrada. Sheila tem uma visão da realidade sempre pra lá de elitista, o que resulta num humor ácido, especialmente quando lida com o tempo presente. Mas, quando relembra fatos marcantes da sua vida, o escracho toma conta e Madame Sheila volta a sentir o gozo com aquilo que seu dinheiro podia comprar.
O teatro presume o encontro presencial. O que tem sido diferente neste trabalho?
A ideia de filmar um espetáculo inteiro, ou um filme baseado em Madame Sheila, surgiu durante a tournée do espetáculo 5x Comédia. Comecei a perceber que Luis possuía uma voz e um olhar únicos, que reunia todos as licenças para tocar com propriedade em temas sensíveis como racismo, homofobia e preconceito.
A produção artística do País sente o impacto da pandemia. Como você vê os esforços para um futuro retorno com plateia?
As diversas associações do setor debatem a questão em todo o País, mas temo por uma nova onda de contaminação, pela ausência de uma política nacional ordenada e clara de combate à doença ou das etapas e áreas prioritárias de flexibilização. É muito desamparo nesse sentido.
Serviço: MADAME SHEILA. TEATRO UNIMED EM CASA. 5ª, ÀS 21H. ATÉ 19/11. GRÁTIS. ESTREIA HOJE, 1º, no site.