O barítono Paulo Szot vai interpretar Henry Higgins, o protagonista masculino do musical My Fair Lady na versão que Jorge Takla prepara para estrear no segundo semestre, em São Paulo. Será sua estreia em musicais no Brasil – Szot notabilizou-se aqui como cantor de ópera. Nos Estados Unidos, porém, onde faz temporadas regulares no Metropolitan, também trabalhou na Broadway e, em 2008, ganhou o Tony de melhor ator por sua atuação no clássico South Pacific.
Além da excelente técnica vocal, em que explora com desenvoltura a tessitura da voz, o barítono sempre se destacou também pelo tipo físico e pela energia cênica.
A parceira de Szot em My Fair Lady, que vai viver Eliza Doolittle, deverá ser escolhida na próxima semana, quando ocorrem as audições, em São Paulo. Takla e equipe deverão avaliar as finalistas entre as mais de duas centenas de candidatas que enviaram currículo para o papel. A seleção ocorrerá entre segunda e quinta-feira.
My Fair Lady, também conhecido como Minha Bela Dama, já foi encenado no Brasil com sucesso. Em 1962, Bibi Ferreira e Paulo Autran assumiram os papéis principais, assim como Amanda Acosta e Daniel Boaventura, em 2007, em montagem também dirigida com estilo por Jorge Takla.
Inspirado na peça Pigmalião, de George Bernard Shaw, o musical estreou nos Estados Unidos em 1956, com letras de Alan Jay Lerner e música de Frederick Loewe. Trata-se da famosa história do cavalheiro da alta sociedade, Henry Higgins, professor de inglês, que aceita uma aposta: a de que conseguirá transformar uma vendedora de rua, que não tem nenhum gesto refinado, em uma dama da sociedade. A escolhida é Eliza Doolittle.
O musical inspirou também uma versão cinematográfica dirigida em 1964 por George Cukor, com Audrey Hepburn e Rex Harrison como protagonistas.