'Baixa Terapia', com Antonio Fagundes, mostra casos eternos de relação

Reestreia do espetáculo inspira discussão sobre relacionamentos entre o ator e com o psicanalista Daniel Barros

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Por Ubiratan Brasil
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Os problemas de relacionamento amoroso são tão antigos que provavelmente até o homem pré-histórico teve de encarar alguma DR, a famigerada “discussão de relação” – esse foi um dos tópicos alegremente levantados em um encontro promovido pelo Estado entre o ator Antonio Fagundes e o psicanalista Daniel Martins de Barros, que também é colunista e blogueiro do jornal. O motivo é o retorno em cartaz da peça Baixa Terapia, ao Teatro Tuca. O vídeo com a conversa entre eles está disponível em TV Estadão no Portal Estadão.

A peça. Três casais trocam queixas, confissões e revelações Foto: CAIO GALUCCI

Estrelada por Fagundes e mais cinco atores (Mara Carvalho, Alexandra Martins, Ilana Kaplan, Fábio Espósito e Bruno Fagundes) e com direção de Antônio Pâmio, Baixa Terapia já soma mais de 200 mil espectadores em uma temporada de um ano e meio (que contou ainda com passagens por Portugal e Estados Unidos). Escrita pelo argentino Matias del Federico, a comédia acompanha o encontro casual de três casais que não se conhecem e que se reúnem inesperadamente em um consultório para sua sessão habitual de terapia. Os problemas surgem quando a psicóloga não aparece – na verdade, ela deixou envelopes com instruções sobre como eles poderão conduzir a sessão. Para facilitar o desarme emocional, um pequeno bar está disponível, com uísque à vontade. Resultado: os casais entram em uma discussão marcada por queixas, confissões, suspeitas e revelações.

Conversa. Daniel Barros falou com Antonio Fagundes Foto: VALERIA GONÇALVEZ/ESTADÃO

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“Pelo menos 25 temas de relações interpessoais são tratados na peça, aqueles que normalmente tocam mais diretamente a plateia”, conta Fagundes que, ao lado de Mara Carvalho, vive o casal mais experiente. “E o público participa desses problemas gargalhando muito.”

“É uma forma de mostrar como a gente ri de nós mesmos”, observa Barros. De fato, os problemas, além de universais, são atemporais. “Nos últimos cinco anos, tivemos mais avanços tecnológicos que talvez não tivemos nos últimos cinco mil anos. Só não evoluímos psicologicamente na mesma proporção, por isso que temos ainda os mesmos problemas sociais há milênios”, comenta Antonio Fagundes.

BAIXA TERAPIA. Teatro Tuca. Rua Monte Alegre, 1.024. Tel.: 3670-8455. 6ª, 21h30. Sáb., 20h. Dom., 18h. R$ 100 / R$ 120

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