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Bailarina mineira sem braços brilha nas redes sociais e se torna inspiração

Nascida sem os membros superiores, o sonho de Vitória de se tornar dançarina parecia dolorosamente distante, especialmente em uma cidade pequena do interior de Minas Gerais onde sua deficiência física a transformou em uma curiosidade

Por Leonardo Benassatto
Atualização:

SANTA RITA DO SAPUCAÍ, MG - Quando a mãe de Vitória Bueno a colocou na aula de balé, temeu que a filha de 5 anos não se encaixasse.

Bailarina Vitória Bueno Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

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Nascida sem os braços, o sonho de Vitória de se tornar dançarina parecia dolorosamente distante, especialmente em uma cidade pequena do interior de Minas Gerais onde sua deficiência física a transformou em uma curiosidade.

"As pessoas faziam fila diante de casa para vê-la", disse sua mãe, Wanda, de 39 anos, à Reuters, ainda magoada ao lembrar daquele período. "Levantavam as mangas dela para olhar".

Mas Vitória, hoje com 16 anos, se concentrou em seus "pliés" e "ballonés", e ainda estudou jazz e sapateado.

Nascida sem os braços, o sonho de Vitória era o de se tornar dançarina. Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

Hoje ela é uma frequentadora da academia de balé de sua cidade, e seu talento fez dela uma estrela nas redes sociais e uma inspiração para muitos.

"Para mim, braços são só um detalhe", disse Vitória no teatro em que se apresenta. "Sigo com os olhos, como se eles estivessem ali".

Vendo-a deslizar pelo palco de madeira, sincronizada com as colegas em um deslumbramento de verde e branco, é fácil esquecer que ela dança sem braços.

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"Não sinto que preciso deles para nada", afirmou.

Vitória, hoje com 16 anos, se concentrou em seus "pliés" e "ballonés", e ainda estudou jazz e sapateado. Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

Mais do que realizar um sonho, a força e a flexibilidade adquiridas com a dança se mostraram cruciais para Vitória, que faz tudo com os pés, desde escovar os dentes até pegar produtos nas prateleiras do supermercado.

"Há coisas que ela consegue fazer com os pés que eu não consigo com as mãos", disse seu padrasto, José Carlos Pereira.

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