24 de julho de 2014 | 15h47
A peça, baseada no filme de Hollywood estrelado por Gwyneth Paltrow e Joseph Fiennes, em 1998, foi ovacionada de pé pela plateia na noite de abertura na quarta-feira no teatro Noel Coward no West End, o distrito dos teatros em Londres.
Com o apoio da organização Disney, que está por trás de sucessos de bilheteria como o "O Rei Leão", e coprodução da conceituada produtora britânica Sonia Friedman, a adaptação estreou direto em um teatro comercial em vez de aproveitar as vantagens de entrar em cartaz primeiro em um local subsidiado pelo governo, como é comum nos palcos britânicos.
"Obviamente, isto foi uma produção tão grande que é provavelmente a maior peça encenada no West End", disse à Reuters nesta quarta-feira o dramaturgo Lee Hall, que fez a adaptação do roteiro do filme em parte escrito por Tom Stoppard.
"Temos 28 no elenco e um cão, um conjunto bastante complicado. O planejamento levou anos e eu estou atordoado por finalmente chegar aqui, mas é maravilhoso obter uma resposta tão calorosa", acrescentou.
Os críticos elogiaram com ênfase Tom Bateman e Lucy Briggs-Owen nos papéis do jovem Will Shakespeare e da herdeira Viola De Lesseps, que está apaixonada por ele e se disfarça de homem para conseguir o papel do protagonista masculino em sua produção de "Romeu e Julieta", em Londres, em 1593.
"A senhorita Briggs-Owen está encantadora", escreveu o crítico Quentin Letts, no Daily Mail, embora tenha feito reparos à gestualização dela.
Michael Billington, em artigo no The Guardian, definiu a adaptação feita por Hall do roteiro como "uma carta de amor ao teatro em si e que celebra o modo como a magia e o mistério nascem do caos e confusão".
Ao ser questionada sobre como foi interpretar um papel com o qual Gwyneth Paltrow ganhou um Oscar, Lucy Briggs-Owen disse: "É como fazer qualquer grande papel de Shakespeare. Na verdade, você tem que esquecer toda a bagagem de todos os grandes nomes que o interpretaram, e isto não é uma exceção."
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