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‘La Casa de Papel: Coreia’: o que saber sobre a nova série crossover da Netflix

Série continua fiel ao enredo original, no qual um misterioso gênio do crime recruta um bando de ladrões para realizar um ousado assalto à Casa da Moeda da Espanha; veja trailer

Por Bethonie Butler
Atualização:

Money Heist (também conhecido como La Casa de Papel) prosperou na Netflix após um curto período na TV espanhola, e a plataforma rapidamente aproveitou o hype com um documentário intitulado Money Heist: The Phenomenon. Quando a série terminou suas cinco temporadas no ano passado, a Netflix lançou outro documentário, Money Heist: From Tokyo to Berlin, apresentando os atores e a equipe discutindo o fim da amada série.

Mas este ainda não foi o fim de La Casa de Papel, que ganha nova vida, mais uma vez, com o recém-lançado Money Heist: Korea - Joint Economic Area.

Cena da série 'Money Heist: Korea', versão sul-coreana de 'La Casa de Papel' Foto: Jung Jaegu/Netflix

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La Casa de Papel: Coreia é mais crossover do que spinoff: a série continua fiel ao enredo original, no qual um misterioso gênio do crime recruta um bando de ladrões para ajudá-lo a realizar um ousado assalto à Casa da Moeda da Espanha. Mas o acréscimo mais recente consegue parecer uma série diferente porque é específico para sua configuração: é muito K-drama. Aqui está tudo o que você precisa saber sobre Money Heist: Korea.

- Tem muitos nomes e rostos familiares. Os fãs de La Casa de Papel original sabem que os recrutas do Professor usam nomes de cidades internacionais para esconder suas identidades uns dos outros durante suas façanhas criminosas. Os personagens de La Casa de Papel: Coreia usam exatamente os mesmos apelidos. Como no original, o Professor (Yoo Ji-tae) se conecta com a narradora da série, Tóquio (Jun Jong-seo), quando ela tenta enganar as autoridades após um crime. Completando a equipe estão Berlim (Park Hae-soo), Moscou (Lee Won-jong), Denver (Kim Ji-hun), Rio (Lee Hyun-woo), Nairóbi (Jang Yoon-ju), Helsinque (Kim Ji- hoon) e Oslo (Lee Kyu-ho).

A configuração do primeiro episódio é basicamente a mesma: os ladrões tomam conta da Casa da Moeda enquanto estudantes do ensino médio - entre eles a filha de uma figura particularmente importante - estão visitando o prédio. E os reféns são forçados a se vestir como seus captores para despistar a polícia.

Cena da série 'Money Heist: Korea', com Park Hae-soo comoBerlin, Jang Yoon-ju é aNairobi, Yoo Ji-tae vivr oProfessor, Kim Ji-hun comoDenver eLee Won-jong éMoscow Foto: Jung Jaegu/Netflix

Os personagens também mantêm alguns paralelos físicos e de personalidade com suas contrapartes de La Casa de Papel: Tóquio ostenta um Chanel sem corte como ninguém (ou quase ninguém). Moscou, rouco e barbudo, fica toda hora tentando acalmar Denver, seu filho bonito e impetuoso. O Rio é meigo e meio bobo. Nairóbi só faz o que quer. E Berlim - que será instantaneamente reconhecível pelos fãs de ‘Round 6’ - não está para brincadeira.

Kim Yun-jin assume o papel de Seon Woojin, a negociadora da polícia que tenta descobrir o que o Professor e sua equipe querem, sem saber que ela está mais perto dele do que jamais poderia imaginar. Além do crime audacioso que ela espera resolver, Seon Woojin (assim como Raquel Murrillo antes dela) também enfrenta o sexismo no trabalho, no qual ela é decididamente melhor do que todos os homens ao seu redor. 

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- É culturalmente específico. Money Heist: Korea tem o subtítulo Joint Economic Area porque a série se passa em um futuro próximo que encontra a Coreia do Norte e a Coreia do Sul à beira da reunificação. A Casa da Moeda está localizada na JEA, dando a ambas as Coreias jurisdição sobre a cena do crime. E como o professor conta com criminosos de ambos os lados da fronteira - Tóquio está entre os norte-coreanos escolhidos a dedo para o assalto - Money Heist: Korea se junta a outros K-dramas (como Round 6 e Pousando no amor) ao abrir uma rara janela para a vida sob a ditadura totalitária.

La Casa de Papel começa com Tóquio em fuga após um assalto a banco. Mas, nesta versão, Tóquio - ex-soldado do exército norte-coreano - cai na vida do crime depois de ser chantageada e forçada a se defender. Quando o Professor pede que sua força-tarefa escolha apelidos, “Tóquio” não passa despercebido. Quando Rio pergunta por que ela escolheu “Tóquio, no meio de todas as outras opções”, ela responde: “Porque vamos fazer uma coisa ruim”, uma aparente referência à colonização japonesa da península coreana.

O tema da desigualdade assume um significado mais profundo nesta versão, em alinhamento com a TV e os filmes coreanos que sempre acabam abordando a questão da disparidade econômica. “A Coreia do Sul se tornou um exportador global de cultura (especialmente por meio de filmes, televisão e música), um fato que os consumidores americanos finalmente estão entendendo”, escreveu a crítica de TV do Washington Post, Inkoo Kang, depois que Round 6 se tornou o inesperado rolo compressor das plataformas de streaming no ano passado. “E a Netflix, que investiu pesadamente em K-dramas nos últimos anos, vem incentivando os assinantes a superar a ‘barreira de dois centímetros de altura das legendas’, como o diretor de Parasita, Bong Joon-ho, definiu de forma memorável, com programação estrangeira e franquias de realidade internacional”. (La Casa de Papel: Coreia/ Money Heist: Korea está disponível com legendas em inglês ou dublado em inglês, assim como o original).

Cena da série 'Money Heist: Korea', com Jun Jong-seo, que interpreta aTokyo, eJang Yoon-ju, comoNairobi Foto: Jung Jaegu/Netflix

Os espectadores também vão perceber que, embora os ladrões usem macacões vermelhos como os personagens de ‘La Casa de Papel’, eles não ostentam as mesmas máscaras de Salvador Dalí. Em vez disso, usam tradicionais máscaras de Hahoe.

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- É mais rápido. Quando a Netflix pegou La Casa de Papel, o streamer fez ajustes, cortando os 15 episódios da primeira temporada em 22 partes, divididas entre duas temporadas. La Casa de Papel: Coreia (Money Heist: Korea) foi lançado com apenas seis episódios e, como resultado, chega muito mais rapidamente às histórias de fundo dos personagens. E, ao contrário do original, onde o Professor esbarra propositalmente com Raquel (Itziar Ituño) no terceiro episódio, o Professor e Seon Woojin se conhecem desde o início.

- É bem provável que fique muito popular. La Casa de Papel há muito tempo é classificado como um dos títulos mais populares da Netflix. E K-dramas - juntamente com títulos não ingleses, em geral - vêm florescendo na Netflix e em outros serviços de streaming. Não ficaremos surpresos ao ver Money Heist: Korea - JEA no topo da parada global de TV da Netflix na semana que vem. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

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