Zé Guilherme estréia recipiente sonoro em SP

Cantor cearense, radicado em São Paulo há 18 anos, estréia o show do primeiro álbum, Recipiente, no Teatro Crowne Plaza

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Por Agencia Estado
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Zé Guilherme chegou a São Paulo há 18 anos. Veio perseguir um sonho de menino, ser cantor. No começo do ano lançou Recipiente pela pequena gravadora Lua Discos, primeiro álbum da carreira, e realizou, em parte, seu desejo de criança. Nesta terça e quarta-feira estréia o show de divulgação do disco, no Teatro Crowne Plaza, palco que conhece muito bem, e dá continuidade ao caminho que sempre desejou trilhar. A apresentação conta com participação especial de Virgínia Rosa, que amadrinha o cantor e canta em parceria Zanza, de Carlinhos Brown. "A minha formação é Jackson do Pandeiro, Sivuca, Luiz Gonzaga, coisas que ouvia quando criança, mais o som do Mestre Ambrósio, do Lenine. Paralelo a isso ouvi muito a turma da vanguarda, Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé, Vânia Bastos e Tetê Spindola", conta Zé Guilherme. "Esse pessoal mais novo me influenciou principalmente no jeito de falar de amor e de paixão. Narrar o sentimento de uma forma mais moderna, menos romântica", completa. Em seu Recipiente, o cantor nascido em Juazeiro do Norte, mistura inúmeras referências. É um pouco como tudo o que se tem feito na nova MPB. Essa fusão de gêneros tradicionais como coco, maracatu e boi-bumbá com baladas pop. No entanto, quando abandona essa necessidade de soar original é que Zé Guilherme melhor se sai. Sua interpretação tem um quê lírico, de cantor de samba-canção, que destoa em canções mais "modernas", mas que fica bem na faixa Fogo Pagô, de Sivuca e Humberto Teixeira. O repertório é uma boa amostragem do trajeto escolhido pelo cantor. Não me Mande Carta, de Zeca Baleiro, Caieira, de Chico Salem, Recipiente, de Maurício Pereira e Skowa, Zanza, de Carlinhos Brown e Miséria, de Arnaldo Antunes, Sérgio Brito e Paulo Miklos, são os pricipais destaques do disco. Para o bem e para o mau. O show - "O repertório é centrado nas músicas de Recipiente, mas também trago algumas coisas novas. É um show bem swingado, bastante dançante, mas que também tem as suas partes mais delicadas", explica Zé Guilherme. Entre essas novidades, está a música Canto Geral, composição do cantor em parceria com Cris Aflalo e A Cara do Brasil, de Vicente Barreto e Celso Viáfora. Vale destacar a boa produção do álbum, capitaneada por Swami Jr., e o trabalho dos músicos. A banda que o acompanhou na maioria das faixas de Recipiente e com ele divide o palco é formada por Webster Santos, violão e guitarra, Marcelo Mainieri, contra-baixo, Giuliano Pereira, sax e flauta, Curumim, bateria e percussão e Ricardo Garcia, percussão. Zé Guilherme - Nesta terça e quarta-feira, às 21h, no Teatro Crowne Plaza (R. Frei Caneca, 1360); fone: (11) 289-0985; Ingressos: R$ 10

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