PUBLICIDADE

Wanderléa lança novo disco, beneficente

O Amor Sobreviverá, de produção independente e distribuição da BMG, é um mergulho da Ternurinha - grande parceria de Roberto e Erasmo nos tempos da Jovem Guarda Clique para ouvir Sentado à Beira do Caminho

Por Agencia Estado
Atualização:

Um dia antes de Roberto Carlos lançar seu disco no Rio de Janeiro, com quase 200 jornalistas espremidos para uma coletiva de imprensa que o aguardaram por quase duas horas além do horário combinado, Wanderléa lançava o seu álbum quase silenciosamente em São Paulo. Nenhum dos dois sabia do disco do outro. O Amor Sobreviverá, de produção independente e distribuição da BMG, é um mergulho da Ternurinha - grande parceria de Roberto e Erasmo nos tempos da Jovem Guarda - em diversas canções de épocas diversas, especialmente hits do passado. Com uma peculiaridade: é um disco beneficente, todinho destinado à instituição Pequeno Cotolengo, de crianças excepcionais. O CD da cantora, que hoje tem 56 anos, é geminiana com Lua em sagitário e duas filhas de 18 e 16 anos, traz Wanderléa cantando com a autoridade de pioneira. E a mesma vasta cabeleira. "Quando eu comecei, não havia Madonna. Não havia referencial feminino na música pop. A gente acabou fazendo do nosso jeito, e olha que não tá errado, não", disse Wandeca, falando por telefone, de seu escritório em São Paulo. Toda a renda do novo disco dela será revertida para a instituição, e a cantora agradeceu - por meio da imprensa - aos amigos Roberto e Erasmo pela cessão de canções como Sentado à Beira do Caminho, Mané João, É Preciso Saber Viver, Eu Sou Terrível e Na Hora da Raiva. Além dessas, ela gravou Negro Gato (Getúlio Cortes), Capela do Amor (versão de Phil Spector e Ellis Greenwich), Menino Bonito (Rita Lee), Não Vou Ficar (Tim Maia) e diversas outras. São 14 canções, ao todo. Wanderléa gravou o disco com sua banda estradeira, que reúne o guitarrista Lalo Califórnia, o percussionista Jorge Acuña, o baixista Christiano Oliver, o tecladista Beco Vidal e o baterista Anderson de Carvalho. "Há dez anos eu não gravava. Mas nunca deixei de fazer shows. Fiz turnê esse tempo inteiro", ela disse. A cantora não se eximiu de comentar novas caras da MPB. "Maria Rita é impressionante, é um DNA na veia. Elis deve estar feliz, passou o bastão. Fernanda Takai, do Pato Fu, tem mais a ver com a Celly, explora a voz, é delicada, eu gosto muito".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.