Os governadores da Bahia, Jacques Wagner, e do Rio, Sérgio Cabral, decretaram luto oficial de três dias pelo falecimento do cantor e compositor baiano Dorival Caymmi, aos 94 anos. Em nota oficial, o prefeito do Rio, Cesar Maia, lamentou a morte do "mais carioca de todos os baianos". Em sua homenagem, a prefeitura dará seu nome a uma rua no Leblon, zona sul da cidade. "É uma pequena rua carinhosa. Ali ele estará junto de nós, sempre", disse o prefeito. Veja também: Caymmi, o último patriarca da música brasileira Veja a trajetória de Dorival Caymmi Caymmi 'era gênio do Brasil', diz Ministério da Cultura "Caymmi é merecedor de todas as homenagens, por ser uma das principais figuras da Cultura na Bahia, no Brasil e no mundo, ao lado de Jorge Amado. Por suas músicas, que correram mundo nos filmes de Hollywood, na voz de Carmem Miranda e de outras cantoras e cantores, Dorival Caymmi tornou as belezas da Bahia conhecidas no cenário internacional", diz a nota de pesar divulgada pela assessoria de Wagner. Após 11 anos sem ir à Bahia, Dorival Caymmi esteve em Salvador há exatos dois anos, em agosto de 2006, quando, acompanhado pelo filho Danilo, recebeu o Prêmio Nacional Jorge Amado de Literatura e Arte. Ele foi escolhido por unanimidade em uma lista que incluía Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Milton Nascimento, João Gilberto e Roberto Carlos, entre outros. Caymmi foi o último laureado com o a premiação. "Eu não tenho razão nenhuma, nem condição de esquecer a Bahia. Eu adoro a minha Bahia", disse na ocasião. (com Talita Figueiredo, Adriana Chiarini e Nicola Pamplona, da Agência Estado)