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Virada Cultural será reduzida na região central

Casos de violência na festa marcada para os dias 20 e 21 leva prefeitura a descentralizar shows para CEUs e bibliotecas; Luis Melodia, Anelis Assumpção, Chico César, Johnny Hooker e Aláfia estão confirmados

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Por Julio Maria
Atualização:

Este será um ano de teste para a Virada Cultural de São Paulo. O projeto, estabelecido como uma das mais importantes datas no calendário cultural, que já atraía turistas, vai enfrentar um novo formato. A 12.ª edição da festa já tem data, do dia 21 para 22 próximo, e sofrerá uma redução de palcos forçada pela violência na madrugada.

Cauby e Angela Maria farão show no sábado, no Sesc Santo Amaro Foto: JF Diório

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O anúncio oficial da programação e dos palcos será feito na próxima sexta-feira, mas fontes adiantaram alguns nomes e detalhes à reportagem. Serão 30h de programação, ao invés das 24h tradicionais, contando com um happy hour na sexta, dia 20, entre 17h e 23h. Alguns nomes confirmados para os palcos principais são Luis Melodia, Anelis Assumpção cantando Peter Tosh, Chico César, Johnny Hooker, Aláfia com Margareth Menezes. O Centro Cultural São Paulo vai ter Lineker com Simone Mazzer e Cida Moreira. Os horários e datas serão confirmados na sexta. Cauby Peixoto e Algela Maria serão atraçõões no sábado, às 22h30, no Sesc Santo Amaro.

Depois de ser represada sobretudo em palcos do centro, a festa volta a ser descentralizada. A prefeitura vai desativar espaços considerados mais problemáticos durante a madrugada e reduzir seu número no perímetro central. Aparelhos como CEUs, bibliotecas e centros culturais dos bairros serão mais usados, mesmo que estejam distantes entre si.

A medida tem duas vias. Ao mesmo tempo em que coloca os eventos mais próximos de regiões afastadas do centro, abre mão de promover o que a ideia da Virada, seguindo a proposta de outras iniciativas parecidas em países da Europa, tem de mais charmoso: a proximidade dos palcos que permite a convivência do público entre eles e a experiência do público ao tomar um espaço público que lhe pertence. O problema é a violência, intensificada a partir da 1h da madrugada justamente em alguns desses trajetos.

Pela primeira vez, a Virada vai testar também a ideia do “esquenta”. Na sexta, bares e restaurantes do centro irão aderir ao happy hour da Virada. Ele iria existir de qualquer forma, mas a organização parece querer potencializá-lo, anunciando programações especiais para o dia.

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