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Vários sons brasileiros são escalados para o TIM Festival

Caetano, Ivan Lins, Céu, Mombojó, Bonde do Rolê entre outros. Confira

Por Agencia Estado
Atualização:

Entre os brasileiros escalados para o TIM Festival, descortina-se um leque de amplas possibilidades. Na última hora entrou mais um na maratona: Caetano Veloso. A organização do evento confirmou ontem que ele vai fechar a programação da última noite do palco TIM Lab, no Rio. O cantor e compositor vai se apresentar na mesma noite em que tocam Marcelo Birck, The Bad Plus e Black Dice, no domingo, 29. Ivan Lins, provavelmente o mais respeitado músico brasileiro entre jazzistas americanos depois de Tom Jobim, abre o festival sexta-feira, às 20 horas, na Marina da Glória, com um tributo ao ex-sócio e produtor Paulo Albuquerque, programador do antigo Free Jazz Festival e do seu sucedâneo, o TIM Festival, morto em junho. Albuquerque era um pioneiro da área e atuou como ponte cultural, e muitos jazzistas amigos seus lamentaram seu desaparecimento. "Estou chocado e consternado", disse o trompetista Terence Blanchard. O produtor tinha 65 anos e trabalhou com João Bosco, Guinga, Chet Baker, Herbie Hancock e Ivan Lins, com quem mantinha uma editora musical (Dinorah Music) e uma gravadora (Velas). A mais nova estrela da MPB, Céu, de 26 anos, que conseguiu a proeza de ser indicada para o Grammy latino na categoria Revelação apenas com um CD no mercado, está entre os destaques da nova geração. Ela já foi garçonete do Spot e viveu em apartamento quarto e sala em Nova York no final dos anos 90. Seu batismo de sangue foi cantando em churrascaria, e nos bares e clubes de São Paulo, da Galeria Ouro Fino ao Urbano e o Grazie a Dio. Mombojó, grupo pernambucano em ascensão O festival também promove o "repatriamento" de uma dupla de brasileiros muito interessante. Trata-se de Ana Paulo e David o Pet Duo, que começou sua carreira aqui no Hell?s Clube, em São Paulo, em 1994. Em 2000, foram para Londres, a convite do DJ e produtor D.A.V.E The Drummer, para uma turnê. Em 2002, nova turnê pela Europa, a convite do DJ Rush. Foi quando veio o convite para integrar a agência berlinense Kne?Deep, que os tem lançado no exterior. O pianista, arranjador e compositor André Mehmari é um dos nomes de peso da nova geração de instrumentistas brasileiros Entre outros trabalhos, solo ou em parceria, lançou, o elogiadíssimo álbum Piano e Voz, com a cantora Ná Ozzetti, no ano passado. O refinamento de seu estilo não se prende ao rigor da formação clássica. Mehmari incorpora elementos de jazz a sua música, tão estimulante em gravações como ao vivo. Outro expoente em absoluta ascensão é o pernambucano Mombojó. Com dois álbuns bem-sucedidos - Nadadenovo e Homem-Espuma -, é talvez o mais talentoso e criativo grupo da era pós-mangue beat, com forte acento no suingue do samba pop, da escola de Jorge Ben. Tomara que eles tenham melhor sorte do que os conterrâneos do mundo livre s.a., que amargaram entre o desinteresse e a hostilidade do público do TIM Festival, no ano passado, quando abriram para os Strokes. O curitibano Bonde do Rolê é outro que vai dar a cara pra bater, na cola do funk que os cariocas conhecem bem. No ano passado, a anglo-singalesa M.I.A., atrás da mesma batida, não provocou o furor que se esperava. Seu show só decolou com a participação da fogosa Deize Tigrona. Se o público carioca se dignar a dar a devida atenção, vai ter a oportunidade de conhecer também um coletivo dos mais inovadores, o paulistano Instituto, escalado para abrir para o DJ Shadow e Beastie Boys, no domingo. É hip-hop e eletrônica da melhor qualidade.

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