Vampire Weekend mostra a miscelânea sonora que deu certo

Banda de indie rock fez em São Paulo o segundo de uma série de três shows no País

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Por Rafael Andrade , e Roberto Nascimento e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

Cultuados pelos fãs do rock independente, os nova-iorquinos do Vampire Weekend trouxeram a São Paulo, na noite desta terça-feira, 1, a mistura de sonoridades que os tornou sucesso de crítica e público desde o lançamento do primeiro álbum, em 2008, que leva o nome da banda.

 

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O quarteto formado por Ezra Koenig (voz e guitarra), Rostam Batmanglij (teclado, guitarra e segunda voz), Chris Tomson (bateria) e Chris Baio (baixo) subiu ao palco do Via Funchal com apenas 16 minutos de atraso e, já na primeira música - Holiday, do segundo dos dois discos lançados por eles até agora, Contra (2010) - deu o tom do que seria uma festa perfeita para o público que lotou a casa.

 

Gritinhos das meninas com vestidinho retrô e aplausos dos rapazes de camisa xadrez (universitários na maioria) antecederam as saudações depois da música de abertura. "Obrigado. É nossa primeira vez em São Paulo. Obrigado por terem vindo", disse Koenig - o vocalista cujo charme, além da voz, vem do balanço da guitarrinha praiana (bem Chiclete com Banana, como disse um crítico) e dos dedos indicador e polegar que seguram a palheta e, ao mesmo tempo, parecem reger a plateia.

 

A empolgação do público atingiu um primeiro pico em Cape Code Kwassa, do disco de estreia do Vampire Weekend e inspirada em uma viagem de Koenig à África. A música foi uma das mais badaladas do universo indie dois anos atrás. Depois veio uma sequência de hits como Cousins, A-Punk, One (Blake's Got A New Face) e Diplomat's Son. Essa última, ao vivo, ficou melhor que no disco: tem uma alteração constante entre o ritmo porto-riquenho reggaeton e um quase samba reggae arrastado, que desloca o fluxo da canção.

Quando a apresentação do Vampire Weekend esquentou para valer, a plateia batia palmas em tercinas (um, dois, três, um, dois, três), a pedido de Baio, repetindo a figura rítmica central da polirritmia africana em passo acelerado - uma sacada de resultado bem mais interessante do que o óbvio clap-clap de auditório normalmente ouvido em shows, e que tem tudo a ver com as influências da banda. A miscelânea de sons não é novidade para os grupos do gênero. Mas a maneira com que o Vampire Weekend administra essa mistura é surpreendentemente natural.

 

Antes do show em São Paulo, que durou uma hora e quinze, a banda formanda na conceituada Columbia University tocou em Porto Alegre, no último sábado. A primeira passagem do Vampire Weekend pelo Brasil termina com apresentação no Circo Voador, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 3.

 

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