PUBLICIDADE

"UmdoUmdoUm" registra um grande show

Kléber Albuquerque, Elio Camalle, Madan e Luiz Gayotto lançam CD gravado no primeiro minuto de janeiro, quando se juntaram sem maiores pretensões

Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo estando já nos 30 anos, eles são da nova geração de compositores da cidade. É que os anos 80 foram surdos e mudos ao tipo de trabalho mais elaborado que fazem. Perdeu-se uma década. Kléber Albuquerque, Elio Camalle, Madan e Luiz Gayotto começaram a dar as caras na década seguinte. Cada um deles tem dois discos-solo lançados. Em 2000, juntaram-se, sem maiores pretensões, para um trabalho conjunto - composições de todos, vozes de todos, violões, percussão. Fizeram temporadas bem-sucedidas em algumas casas de prestígio. O show evoluiu. Veio a idéia do disco. A ser gravado ao vivo ou seja, mesmo que em estúdio, com platéia, direto, sem correções, no primeiro dia de 2001. Uma espécie de réveillon musical. Com direito a contagem regressiva e champanhe espumando. Como nem tudo corre como se pretende, houve atraso no lançamento do disco, batizado de UmdoUmdoUm. Agora, afinal, o quarteto lança o disco, em dois espetáculos que serão realizados nesta sextas-feira e no sábado na Choperia do Sesc Pompéia. Para apresentá-los, em rápidas palavras: Kléber Albuquerque é, por certo, o melhor poeta dessa (nem tão) nova geração, herdeiro da corrente clássica da música urbana, à qual acrescenta pulso pop; Elio Camalle busca exemplo mais nitidamente (embora não somente) no pop dos anos 70; Madan excerce o complexo ofício de musicar poetas (Olga Savary, José Paulo Paes); único não-paulista da turma, o catarinense Luiz Gayotto combina rock e MPB. E são parceiros entre si. O show foi um dos melhores acontecimentos do circuito paralelo do ano 2000. Sua volta a cartaz é excelente notícia. Poucas vezes quatro artistas de intenções musicais tão pessoais conseguiram encontrar o perfeito lugar comum como nesse caso. O disco tem o tom da festa. Poderia, talvez, trazer menos à tona os aplausos, evidenciar menos a presença da platéia. Mas isso não elimina sua beleza, em obras preciosas como Isopor (de Elio e Kléber), Super-Nova (de Gayotto e Kléber), Dúvida (de Madan e Arnaldo Antunes). A obra-prima é Espera, só de Kléber. Preparem os aplausos. Serviço - Kléber Albuquerque, Madan, Elio Camalle e Luiz Gayotto. Amanhã (01) e sábado, às 21 horas. R$5,00 (estudantes), R$ 7,50 e R$ 10,00. Choperia do Sesc Pompéia. Rua Clélia, 93, telefone 3871-7700.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.