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Último dia do Free Jazz traz boas atrações

Por Agencia Estado
Atualização:

A música negra, seus gêneros e sub-gêneros, rege a última noite de Free Jazz Festival, que ocorre neste domingo, no Jockey Club de São Paulo. Entre as atrações, identificam-se raízes africanas no rap cubano do Orishas, os últimos a se apresentarem no palco New Directions; no velho soul do The Temptations, e no novo soul de Macy Gray, as duas estrelas do Main Stage; no be-bop de Phil Woods, que encerra a programação do palco Club; e na festa eletrônica presidida por Fatboy Slim no Cream. Todos os ingressos para essas, e para as outras atrações ? Cordel do Fogo Encantado, Sidestepper, Curupira e Pat Martino, entre outros ? estão esgotados. Com isso, o sucesso de público permanece garantido. As dez mil pessoas que devem circular hoje pelo evento irão conferir a noite menos eletrônica do Free Jazz. Com exceção do Cream, palco reservado especificamente aos amantes das batidas seqüênciadas, no qual ocorre a partir das 23h uma grande festa sem hora para acabar, os outros palcos reservam shows mais orgânicos. É o caso, por exemplo, do palco New Directions, onde o Cordel do Fogo Encantado, grata revelação do cenário pernambucano, se apresenta. Eles fazem sala para o Sidestepper, projeto de salsa colombiana desenvolvido pelo DJ inglês Richard Blair, e para o Orishas, grupo de rap cubano que relê em suas composições os gêneros tradicionais da Ilha. No palco principal, o The Temptations faz um apanhado dos seus trinta anos de sucesso. Uma grande pedida para os fãs de Macy Gray, revelação da música negra norte-americana que acaba de lançar o seu segundo álbum, The Id. Ela é a nova diva do soul music, com sua voz rouca, curvas excessivas, e interpretação verdadeira. O Club, que teve uma baixa esta semana, o acordeonista Art Van Damme, encerra suas atividades com os brasileiros do Curupira, herdeiros de Hermeto Pascoal, Pat Martino e o quinteto do saxofonista Phil Woods. Cream - Na noite Big Beat Boutique, o DJ Norman Cook - ou Fatboy Slim, como é mundialmente conhecido- promete mostrar por que alcançou a predileção de astros como Madonna, Robbie Williams e Brad Pitt com o seu big beat - estilo eletrônico que junta batidas quebradas do hip-hop e arranjos do house - que lhe garantiu, ao lado de outros adeptos do gênero, como Chemical Brothers e Crystal Method, o status de estrela global da e-music. No entanto, quem já escutou o trabalho mais recente do produtor em Halfway Between The Gutter and The Stars, no qual explora mais ritmos como soul, funk e gospel, pôde perceber que Slim não se prende a rótulos e de fato faz um som dançante inigualável, independente da influência de estilo. Para abrir a noite, outro top: o brasileiro Patife. O DJ, depois do sucesso obtido com o álbum Cool Steps, será o host da vez, recebendo a missão de esquentar os ânimos para as outras atrações da noite (Scanty, Stanton Warriors e Jon Carter), que se apresentam antes de Fatboy Slim.

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