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The Bad Plus é a melhor surpresa do TIM Festival

Transitando com desenvoltura entre o jazz, o rock e o experimentalismo, o trio, além de tudo, exibiu técnica impecável e incrível capacidade para o improviso

Por Agencia Estado
Atualização:

O trio americano The Bad Plus, que tocou na madrugada desta segunda-feira no Palco Lab, foi a melhor surpresa desta edição do TIM Festival. Apesar do pouco público (que ocupava menos da metade do espaço) e do frio quase glacial provocado pelo ar condicionado, Reid Anderson (baixo), Ethan Iverson (piano) e David King (bateria) fizeram um dos shows mais calorosos do festival. O som que vazava da apresentação do DJ Shadow no TIM Stage atrapalhou um pouco, mas não comprometeu a apresentação do grupo, que obviamente se situaria melhor num ambiente mais aconchegante. Transitando com desenvoltura entre o jazz, o rock e o experimentalismo, os três, além de tudo, exibiram técnica impecável e uma incrível capacidade para o improviso, desconstruindo com criatividade temas alheios, entre eles rocks do Black Sabbath e do Nirvana. Os três encerraram o show dedicando ?Physical Cities? ao Rio, ?uma das cidades mais físicas do mundo?, disse o pianista. Surpresa (um tanto esperada) veio no bis, com uma versão absolutamente matadora e imprevisível de ?Smells Like Teen Spirit?, do grupo de Kurt Cobain. Na terça-feira, eles tocam no Bourbon Street, em São Paulo: daqueles programas obrigatórios. O Lab também teve a noite mais estranha do festival, abrindo com o gaúcho Marcelo Birck, que amargou uma platéia minguada mesclando surf music, jovem guarda, programações eletrônicas e algum experimentalismo. Foi melancólico. Escalado para depois do Bad Plus, outro trio, o nova-iorquino The Black Dice, prometia uma apresentação incendiária. Programado de última hora, Caetano Veloso encerraria a maratona mostrando pela primeira vez ao vivo as 12 canções de seu álbum mais recente, ?Ce?.

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