PUBLICIDADE

Superlotação bagunça show do Snoop Dogg

Invasão de sem-ingresso, superlotação da pista e atraso de duas horas marcaram a desorganização do show no Credicard Hall. Snoop Dogg fez de tudo no palco

Por Agencia Estado
Atualização:

Superlotação da pista, atraso de duas horas do astro principal e, finalmente, uma invasão de sem-ingresso. O show Paid Da Cost to be Da Boss, de Snoop Dogg, ontem à noite, no Credicard Hall, foi um exemplo de desorganização e falta de respeito com o público. O show estava marcado para as 21h30, mas Dogg e seu grupo, o Dogg Pound, entraram no palco somente às 23h25. Antes deles, um grupo de DJs e o coletivo SP Funk se revezavam no palco, para tentar segurar a platéia até o rapper californiano entrar em cena. No telão, o rapper Thaíde ensinou didaticamente aos espectadores qual era o sentido do hip hop e fez uma introdução histórica ao gênero. O SP Funk fez uma homenagem ao rapper Sabotage, assassinado em São Paulo há mais de um ano. Um hora após o início do show de Snoop Dogg ? que fez de tudo no palco, sambando e chamando um bando de garotas para dançar com ele, ao estilo James Brown ?, um grupo forçou uma porta à direita da entrada principal da casa de shows e cerca de 30 a 40 jovens invadiram a pista, que já estava superlotada àquela altura. Snoop Dogg, codinome de Calvin Broadus, fez uma homenagem a Tupac Shakur, rapper que também foi assassinado (?Descanse em paz, Tupac?, ele disse, após cantar a canção feita para o amigo). Seu show foi arrebatador, o primeiro de uma grande estrela do rap no Brasil ? apesar do gênero ser, nos Estados Unidos, o campeão em vendas de discos. Cancelamento ? A prefeitura do Rio de Janeiro vetou a utilização do Riocentro para a realização, hoje e amanhã, do Hip Hop Manifesta, festival que teria Snoop Dogg e Ja Rule (dois rivais históricos do rap). Já tinham sido vendidos cerca de 40 mil ingressos. A prefeitura alegou falta de condições estruturais para os shows. A organização retruca e, em nota, diz que tinha todas as licenças necessárias. Os organizadores informaram que irão à Justiça para tentar realizar o festival. A mostra também está ameaçada em Florianópolis, para onde iria depois do Rio. Lá, ainda não houve a liberação dos espaços pelo Corpo de Bombeiros e Prefeitura.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.